dezembro 26, 2009

Prenda

Depois do fantástico concerto, tenho agora o belíssimo DVD (e CD e livro) de Três Cantos. O espectáculo do ano.

Presidente

A "guerra institucional" entre Belém e São Bento são apenas manobras de táctica política, quer por parte do gabinete do 1ºministro, quer por parte da presidência da república. Tudo isto deixaria de existir caso o presidente da república só pudesse ser eleito por um mandato de 5/6 anos, e não por dois seguidos de 5 anos. Toda a postura de Cavaco ao longo dos últimos meses tem como objectivo as eleições de 2011. Se o cargo de presidente da república em Portugal já tem muito pouco utilidade política, a possibilidade de renovação de mandato consecutivo faz com que o primeiro mandato do presidente seja muito mais táctico que o segundo. Veja-se o caso de Sampaio. Acham que ele teria dissolvido a Assembleia num primeiro mandato? Nunca.
Não sei até que ponto esta ideia de apenas um mandato foi discutida na sociedade portuguesa aquando da elaboração da Constituição - é apenas uma questão de pesquisar. Mas uma coisa estou certo: se é para manter este cargo de presidente como está, do qual eu sou um feroz opositor, pelo menos retirem a possibilidade de renovação de mandato - o único mandato que passaria a exercer seria muito mais verdadeiro do que o actual primeiro. Agora, ouvir da boca do presidente ou doutros agentes políticos que o chefe de estado não é uma "personagem" política dá-me vontade de rir perante todo o calculismo político de Cavaco, de Sampaio ou até de Soares.

dezembro 24, 2009

Bom Natal

Chico, pois claro.

dezembro 23, 2009

Entretenimento

Os protagonistas políticos andam muito entretidos com as suas tácticas políticas. Ora é o PS a armar-se em vítima, atacando tudo e todos. Ora são os partidos da oposição armando-se em vítimas, atacando o PS por atacar a Oposição. O que vale é que os portugueses andam entretidos com o Natal e a televisão com o mau tempo. Até quando?

Schumi

Depois disto, o campeonato de 2010 tem tudo para ser o melhor de sempre. Alonso e Massa na Ferrari, Hamilton e Button na McLaren, Schumi e Rosberg na Mercedes e não esquecer Vettel e Weber na Red Bull. Minha nossa, vai ser lindo.

dezembro 22, 2009

Eu

Desafiado pelo Filipe Moura cá estão as minhas cinco frases. Optei por uma onda musical, tal como o Filipe, já que ele "adivinhou" que a minha resposta seria parecida. Uma das frases tinha que ser muito parecida, não podia ser de outra forma. E vão conferir as dele que são maravilhosas. Basta meter Caetano, Lenine ou Noel Rosa.

Eu quero a prenda imensa dos carinhos teus.

Eu nunca sonhei com você, nunca fui ao cinema, não gosto de samba, não vou a Ipanema, não gosto de chuva, nem gosto de sol.

Eu sonho fazer um dueto com o Chico Buarque.
(passo a corrente ao Pedro Barbosa, ao André Matos e ao Dinis; relembro: cinco frases começadas por eu já, eu quero, eu nunca, eu sei e eu sonho)

Disciplinas

Uma medida bem sensata e necessária. Apesar de "a carga horária se manter". Veremos no que isto dá.

dezembro 19, 2009

Amor

Guardiola.

dezembro 16, 2009

Red Bull

As corridas de aviões da Red Bull não me aquecem nem me arrefecem. Mas acho inacreditável que o único espectáculo de massas com sucesso fora da capital vá a correr para Lisboa, cidade à qual milhares de portugueses, várias vezes ao ano, vão para assistir a diversos espectáculos do género - sejam concertos, peças de teatro, exposições, etc. Uma grande resposta dos portugueses seria boicotarem quer o produto, quer a prova. Contudo, estou a apostar que daqui a um ano se assistirá a uma afluência de massas de portugueses de vários pontos do país, principalmente do Norte.

dezembro 13, 2009

5 anos


Fez ontem cinco anos.

dezembro 10, 2009

PSD

Apostado em manobras políticas pouco eficazes do ponto de vista mediático, o PSD corre o sério risco de se afundar. Com a vitimização do Governo e com a oposição toda a bloquear qualquer iniciativa que promova alguma estabilidade política, o cenário de eleições está à vista. E o PSD está tudo menos preparado para umas novas eleições.
Porquê tanta indefinição sobre o futuro do partido? Já sabemos que a luta de poder dentro do PSD é enorme. As distritais têm muito poder e a direcção nacional está refém das vontades regionais. O próximo líder do partido terá que ser alguém para seis/oito anos, alguém que esteja disposto a ser líder da oposição mas também futuro líder do governo. Caso contrário, o PSD continuará a esfrangalhar-se.
A crise dos partidos europeus acentua-se - basta ver a opinião dos eleitores sobre os agentes políticos. O que eu vou dizer parece uma utopia mas, tal é o estado de calamidade do PSD, que talvez não seria uma má altura para pensar em reformular todo o esquema de eleição do líder. As directas têm provado que não são uma alternativa sólida e o antigo sistema de eleição por delegados está ultrapassado. Solução? Eleição do candidato a primeiro-ministro independente da eleição do líder, passando este último a ter funções diferentes. Utópico, eu sei, mas se é para continuar como está daqui a uns anos não se queixem.

Gila

dezembro 07, 2009

Isilda

Isilda Pegado, presidente da federação portuguesa pela vida, escreve hoje um artigo de opinião no Público, defendendo a realização de um referendo à legalização do casamento homossexual. O artigo começa da melhor maneira: "O debate está lançado. Queremos que o casamento possa ser celebrado por pessoas do mesmo sexo? Queremos modificar os pressupostos do casamento? O casamento pode ser celebrado por pessoas de 14 anos? E de 10 anos? O casamento civil pode ser indissolúvel?". Apeteceu-me vomitar e seguir em frente na leitura do jornal mas decidi continuar.
O principal argumento a favor da realização do referendo é a questão do consenso social: "Quem diz o que já tem consenso social? Como se identifica esse consenso? Ou há um grupo que impõe a sua visão à sociedade? O instrumento mais fiável para essas respostas é de facto o referendo. Aí saberemos o que quer o povo". Mas quando o povo quis a liberalização do aborto, o que escreveu a senhora Isilda? Isto. E, dois dias a seguir ao mesmo referendo, o que disse a senhora Isilda? Que já estaria a preparar um novo referendo. Não há pachorra.

Flu

Mas o Fluminense também tem razões para festejar: conseguiu a manutenção. Por isso aqui fica Ciro Monteiro, que era um grande mengão, cantando uma deliciosa música do Chico, uma das minhas preferidas. A história, ouçam-na da boca de Ciro Monteiro.

ps: esta história está no novo livro que saiu a semana passada sobre as músicas do Chico. "Histórias de Canções", de Wagner Homem.

Fla

Eu até nem simpatizo muito com o Flamengo - prefiro o Flu do Chico - mas não se pode ficar indiferente quando o maior clube do Brasil ganha o Brasileirão 17 anos depois. Houe baile no Maracanã, como canta o João Nogueira neste belo samba.

dezembro 06, 2009

Fidel

Regina Casé maravilhosa no filme "Cinema Falado" de Caetano Veloso que esteve ontem na Cinemateca para falar (e ver) sobre o filme que realizou em 1986.

dezembro 05, 2009

Berlusconi


O "No Berlusconi Day" - movimento iniciado no Facebook - teve muito pouca adesão em Portugal, principalmente comparado com as manfestações de Paris, Barcelona ou Londres, já para não falar de Roma. A julgar pela manifestação em Lisboa, no Largo Camões a meio da tarde eram principalmente os estudantes Eramus que se ouviam, no meio do rufar de uns tambores que marcavam o ritmo. Eu, claro, juntei-me a eles por um pouco. Foi quase uma espécie de estágio. A partir de Fevereiro gritarei em plena Itália contra Berlusconi.

Exemplo

A Espanha voltou a ganhar a Taça Davis em ténis. Só nesta década foram cinco as finais e quatro as vitórias. Chama-se a isto trabalho de fundo. É um grande exemplo para o ténis, e para o desporto em geral, em Portugal.
ps: vitória ontem de Ferrer sobre Stepanek foi decisiva para a conquista da "saladeira". Mas esta edição da Taça Davis fica marcada pela grande vitória do checo na meia-final contra o croata Karlovic, num jogo a cinco sets, com seis horas de duração, em que Stepanek ganhou o jogo mesmo tendo "levado" com 62 aces.

dezembro 03, 2009

Veja - ou o retrato do Brasil

Lendo a revista Veja da semana passada, fica-se a perceber muito sobre a população brasileira e sobre os seus interesses, nomeadamente sobre a nova classe média que tanto se fala. Não, não vem lá nenhuma reportagem sobre o tema. A minha conclusão deriva da publicidade da revista.
Num total de 196 páginas, 138 (!!!!) são de publicidade. Ou seja, cerca de 70% da revista são páginas inteiras de publicidade. Isto é um absurdo. Mas não são estes números que nos dão a percepção do comportamento dos cidadãos, é sim o conteúdo da publicidade. 3o dos 138 anúncios são a carros. E não são carros topo de gama, são os chamados utilitários das marcas "médias": Fiat, Ford, Hyundai, Kia ou Opel. 15% da publicidade diz respeito a carros, uma indústria que, a julgar pela publicidade, tem tudo para crescer. Basta comparar a publicidade a automóveis em Portugal e ver os números desta indústria aqui no nosso país.
E o resto da publicidade, diz respeito a quê? A muita coisa, desde perfumes ou relógios, até agências de viagens. Mas a fatia mais importante da publicidade desta revista são as novas tecnologias. São 16 anúncios a telemóveis, computadores ou electrodomésticos.
Para concluir, dizer que em relação à publicidade em Portugal o que se nota é a falta de agências de comunicações e bancos. Nesta edição da revista Veja, apenas existem três anúncios (discretos) a bancos e um (contracapa) a uma rede de telecomunicações.
(nota: não é com uma revista que se pode deduzir o que quer que seja. Mas achei interessante partilhar estes dados)

Jorge Lopes

Morreu o melhor jornalista desportivo da RTP. Já tinha feito muita falta em Berlim, em Agosto, agora será muito pior. O que vale é que ainda há Luis Lopes, mas apenas para quem tem tv por cabo.

Davydenko


Ganhou o Masters deste ano, o seu primeiro grande título da carreira. Se tivesse aparecido há quinze anos atrás teria chegado a número 1. Tal como Hewitt, Safin, Ferrero, Moya, entre outros tenistas bons que chegaram ao topo da hierarquia do ténis. O azar do russo - e de Djokovic e Murray, já agora - é que tem que lidar com Federer e Nadal (por quanto tempo?). Sendo impossível o número 1, o russo, com este final de época e se as lesões não o impedirem de estar ao melhor nível, vai estar certamente na luta pelos Grand Slams de 2010. E atento aos trambolhões, cada vez mais frequentes, de Federer e Nadal.

dezembro 02, 2009

Cimeira

A Cimeira Ibero-Americana acabou. Nos media falou-se das Honduras, de inovação e conhecimento, da importância do Brasil - nem que seja uma vez no ano! - e falou-se de Chávez. Que não veio, que não queria estar com Uribe. Esqueceram-se foi de dizer que Huguito anda muito caladito porque tem o seu quintal mergulhado numa crise económica. Pois, quando o petróleo acaba é mais difícil sustentar aquela gente. Por isso, Chávez não veio, da mesma forma que anda bastante desaparecido nas últimas semanas. Este ano não lhe dava jeito.

novembro 28, 2009

Voz

Há muitos motivos para não gostar da nova música do Pingo Doce. O maior é ter "despedido" Rui Morisson mais a sua voz magnífica.

ATP World Tour Finals

A fase de grupos terminou e pode-se dizer que houve algumas surpresas. Nadal ter saído de Londres humilhado é uma delas mas o facto de Soderling estar a provar que Roland Garros não foi obra do acaso é também significativa. E que dizer de Djokovic?

Comecemos pelo grupo A. Basta olhar para os números e perceber que, tal como tinha dito, ia ser um grupo muito equilibrado. Todos os seis jogos foram a três sets e nenhum jogador venceu as três partidas. Enquanto Verdasco não venceu nenhuma, apesar da réplica em todos os jogos, Del Potro, Federer e Murray ganharam, cada um, duas partidas. O que levou à confusão até dos próprios jogadores. No último jogo do grupo, Federer perdeu com Del Potro e só no final confirmou que tinha passado às semi-finais, fruto de maiores jogos ganhos, admitindo que durante o jogo pensou que estaria eliminado. Assim, Murray não vai dar uma alegria ao seu público enquanto que Del Potro, apesar da derrota contra o escocês, vai para as semi-finais como favorito devido ao seu grande momento de forma. Veremos como Roger Federer reage à nova derrota contra o argentino. O seu adversário na meia-final, Davydenko, não lhe tem dado problemas nos últimos anos mas o russo anda a jogar muito bem.

No grupo B não se assistiu a tanto equilíbrio. Era previsível tal coisa mas só que com outros protagonistas. Nadal saiu de Londres sem ter ganho um set e Djokovic ficou na situação de Murray, ou seja, de fora empatado em número de vitória com Soderling e Davydenko. O sueco jogou brilhantemente contra o espanhol e o sérvio provando que está em Londres para ganhar. Já o russo voltou a demonstrar porque é que nos últimos anos tem estado sempre no top-5: consistência. Sem grandes brilhantismos, Davydenko é um jogador certinho e cínico. Terá agora Federer pela frente, um adversário que nunca derrotou - parcial de 12-0. Já Soderling jogará contra Del Potro, talvez a meia-final mais espectacular em perspectiva. Se Federer cumprir com a história, na final teremos a repetição da final de Roland Garros ou do US Open.

novembro 27, 2009

América Latina

Antes da cimeira Ibero-Americana, ler este texto no El País.

novembro 24, 2009

Roger

Hilariante. O Roger é o maior.

novembro 23, 2009

Soares

Só hoje me apercebi do que Soares disse sobre o caso Face Oculta. Disse ele que era "um problema comezinho".
Para a minha geração, Soares não passa de um velho teimoso que não soube retirar-se a tempo da vida política activa. Nos últimos dez anos poucas foram as intervenções felizes do "pai" da democracia. Desde a birra por não ter sido eleito presidente do Parlamento Europeu até à campanha presidencial em 2006, muitos foram os maus momentos do ex-presidente da República. Os seus discursos nos últimos anos têm sido um desastre, apesar de alguns laivos de lucidez, unicamente a nível de política internacional.
Para quem, na minha geração, conhece um pouco de história política, é difícil negar o grande papel que Soares teve no derrube da ditadura e na instauração da democracia. Porém, todos estes disparates só servem para nos esquecermos do que foi o ex-primeiro ministro e ex-presidente da República. E para reflectirmos que, talvez, não tenha sido tanto o herói que por aí proclamam. Ou o dinossauro Soares não terá algumas responsabilidades no estado em que o país está, nomeadamente na economia, na justiça ou na educação?

novembro 22, 2009


A temporada de ténis termina no próximo domingo quando, em Londres, se disputar a final do ATP World Tour Finals, o nome dado este ano à antiga final da Masters Cup. Depois de alguns anos em Xangai, esta prova - que já passou por Portugal - regressa à Europa e à O2 Arena. Aqui estarão os 8 melhores tenistas do ano e o formato é o mesmo de sempre: dois grupos de quatro tenistas, em que jogam uns contra os outros uma vez e passam os dois melhores de cada para as meias-finais. Um formato que se tem consolidado na última década e que é uma óptima forma de acabar a época já que o último Grand Slam foi no distante mês de Setembro.

Federer, Nadal, Murray, Djokovic, Davydenko, Verdasco, Del Potro e Soderling são os candidatos ao belíssimo troféu deste ATP World Tour Finals. O lote de concorrentes é muito forte - talvez o mais forte dos últimos anos - e há vários favoritos, sendo imprevisível arriscar um vencedor com facilidade. Se Federer e Nadal são os melhores do mundo, também é verdade que não estão na sua melhor forma. O primeiro foi surpreendentemente eliminado em Paris por Benneteau e o espanhol levou uma "tareia" de Djokovic nas meias-finais do mesmo torneio, depois de ter tido imensas dificuldades para chegar às meias-finais. Portanto, não se pode excluir nem um nem outro mas não chegam a Londres na sua melhor forma - Nadal ainda anda a recuperar da lesão e tem a final da Copa Davis logo a seguir.

Novak Djokovic é o tenista em melhor forma dos oito. Para além de ser o detentor do título, ganhou em Paris e está a jogar muito bem. O facto de ter Soderling, Nadal e Davydenko no seu grupo acentua mais o seu favoritismo e confiança para este torneio. Precisamente Davydenko e Soderling, juntamente com Verdasco, são os tenistas em que as apostas não recaem para vencer o torneio. Mas não esquecer que, em final de temporada, é tudo muito imprevisível e o ano passado o russo chegou à final. Mesmo assim, perante o seu grupo. terá muitas dificuldades em se apurar para as meias-finais. Já o sueco e o madrileno terão também vida dura e só grandes exibições poderão proporcionar um grande torneio a estes tenistas.

Depois surge Murray. Jogando em casa, o britânico quer certamente ganhar para compensar Wimbledon. Não chega nas melhores das formas mas o piso rápido é favorável ao seu jogo - e de quase todos os outro tenistas, diga-se - e o ambiente que terá a seu favor será determinante. Tem um grupo difícil - Federr, Del Potro e Verdasco - mas se não chegar às meias-finais será uma enorme desilusão.

Por fim, Del Potro. O vencedor do último Grand Slam da época também não chega aqui na forma que apresentou no Verão passado. Porém, o argentino quer voltar a derrotar Federer e fazer um grande torneio.

Será uma semana de grandes jogos, para estar muito atento ao que se passará na O2 Arena.

novembro 21, 2009

Ary (2)

Nada como dar a Susana Félix uma música com uma grande letra para parecer, de facto, uma cantora.

ps: quando vi os nomes que iam fazer "Rua da Saudade", a homenagem a Ary dos Santos, fiquei bastante céptico. Se Viviane fazia sentido, Félix, Luanda Cozetti e Mafalda Arnauth não seriam escolhas óbvias. Pela amostra, Susana encaixa-se como uma luva. As outras, do que já ouvi, nem de perto.

Futebol de praia

Começo por dizer que sou um fã do futebol de praia. Proporciona espéctaculo e, acima de tudo, tem bola, balizas e jogadores. Esta minha paixão também resulta do facto de, no momento em que estava a surgir a modalidade, eu era um miúdo e aquela semana anual do Mundialito da Figueira da Foz um dos momentos das férias de Verão. Isto para introduzir o meu comentário à prestação portuguesa no Mundial que está a decorrer no Dubai.
Fomos até à meia-final e perdemos com o Brasil. Até aqui nada de novo nem surpreendente. É normal: o Brasil ganhará, nos próximos vinte anos, cerca de 75 a 80% destas competições, no mínimo. E digo isto porque se consegue renovar. Esse é o grande problema de Portugal.
A selecção portuguesa, actualmente, continua a contar com Madjer e Alan, os jogadores que há dez anos atrás eram os titularíssimos e os mais influentes. O facto de hoje isso ainda acontecer é sintomático. Depois há um problema estrutural: o que é o futebol de praia em Portugal para além da selecção e de meia-dúzia de jogos entre clubes como Sporting, Porto ou Benfica? E, já agora, como é que se formam essas equipas?
Se Portugal quer continuar a ser uma potência no futebol de praia, a FPF tem que pensar seriamente num novo modelo. O facto de a FIFA ter pegado no futebol de praia não foi por acaso: esta modalidade tem todas as condições para crescer e para se tornar muito importante em vários pontos do mundo - basta ver os países que estão no mundial. Aliás, basta olhar para o vólei de praia, uma modalidade olímpica e que capta a atenção de muitos adeptos no mundo.

novembro 20, 2009

Ary

Perfeito, perfeito. Ary merecia uma voz assim nesta homenagem que é o álbum "Rua da Saudade".

Mediocridade (2)

A eleição do novo presidente do Conselho Europeu e da nova "ministra dos negócios estrangeiros" da UE revela uma coisa que já tinha referido aqui no blogue há uns meses atrás: a escolha de medíocres para os altos cargos institucionais.

novembro 17, 2009

Momento

O primeiro-ministro está politicamente fragilizado, apesar de ter saído vitorioso das legislativas há pouco mais de um mês. O governo, como sempre, dependente de Sócrates. A oposição está atada ao "sentido de responsabilidade", temendo o eleitorado caso tenha que ir a votos nos próximos meses. O presidente da república continua a nulidade política que nos habitou. A comunicação social anda entretida com escutas e com o casamento homossexual - trazido à ribalta por quem não o quer. Os comentadores entretidos com a ética, a justiça, a corrupção. A crise, o desemprego, a pobreza, se já estiveram um ano há espera - quando os protagonistas atrás andavam entretidos com as eleições - podem esperar mais uns meses.

Villa Lobos

Choro nº1 de Heitor Villa Lobos, interpretado (magnificamente) por Turibio dos Santos. A propósito dos 50 anos da morte de Villa Lobos, lembrados por Fernando Alves, hoje de manhã na TSF.

novembro 16, 2009

Filme


Os sorrisos do destino, de Fernando Lopes.

novembro 12, 2009

Marat


Quando Safin começou a carreira profissional, estava eu a iniciar-me no ténis. Naquela altura, com pouco mais de dez anos, era natural que quisesse imitar os melhores. Sampras estava velho, Agassi igualmente, Guga só sabia jogar em Paris, não tinha a noção de quem era o ser humano chamado Henman e havia, depois, um miúdo irreverente que jogava maravilhosamente bem, Marat Safin. Foi dele que herdei a minha melhor pancada: uma esquerda a duas mãos, bem chapada, com o pé direito apoiado no chão e o esquerdo no ar, fingindo estar ao pé coxinho e a bola bem no ar. Só isto chega para eu estar em dívida para com Safin para o resto da vida. Foste grande Marat, digam o que disserem.

FM (ou piada fácil)


Se eu podia viver sem o Football Manager? Podia, mas não era a mesma coisa.

novembro 11, 2009

São Martinho

A minha preferida do Carlos do Carmo.

novembro 10, 2009

Robert Enke

Morreu o guarda-redes dos 7-0.

Andorra

Rosa Veloso está em Andorra, para cobrir uma não-notícia - ou melhor, uma notícia de 2 minutos, vá lá. Porém, Rosa Veloso deve estar a gostar destes dias. Nos últimos cinco meses, a correspondente da RTP em Madrid não tinha feito outra coisa senão estar quase diariamente nas conferências de imprensa do Real Madrid a fazer perguntas idiotas ao Pellegrini ou ao Valdano. Ao que chega a vida de uma correspondente na capital espanhola.

novembro 09, 2009

Caro Gilberto Gil


O teu concerto ontem foi, como vocês brasileiros dizem, "muito bacana", "bem legal", "uma curtição". Não foi "nota 10" mas foi quase. Tu, meu caro Gil, tinhas que ter dado o concerto perfeito. Tu bem que tentaste, eu sei, não tens culpa nenhuma. Mas quem me manda a mim, antes de te ir ver tocar violão tão extraordinariamente bem, ver aqueles badamecos que se dizem jogadores do Porto, treinados por um velho teimoso, jogar à bola?

Pois, Gil, durante o concerto não me conseguiste fazer esquecer por completo aquele pesadelo madeirense. Volto a insistir, a culpa não foi tua. Se tivesses tocado o "Aquele Abraço" ou "Realce"...

ps: o concerto foi muito bom. Não foi tão bom como o de domingo passado mas teve bons momentos. De 0 a 10, merece um 8.

novembro 08, 2009

Regionalização...para quê?

A crise do Norte, uma reportagem que podia também ser do Alentejo, de Trás-os-Montes, da Beira Litoral, etc, etc. Continuem a adiar, continuem.

novembro 06, 2009

Domingo na Casa


Depois do espectáculo formidável de domingo passado - o DVD será um óptimo investimento para quem não foi e também para quem foi ver Fausto, Zé Mário e Godinho - é já no próximo Domingo que irei assistir a outro trio: Gilberto Gil, Jacques Morelenbaum e Bem Gil. Não é no parque, mas sim na Casa da Música, cenário bastante propício para um concerto intimista como promete ser.

A idiotice está na moda?

Este artigo do director do Sol, o arquitecto-aspirante-a-nobel-josé-saraiva, é tão ridículo que até nem sei por onde começar. Se pela citação que faz da empregada, se pela referência à namorada de Sócrates ou mesmo por toda a panóplia de argumentos contra o casamento homossexual.
Raramente li crónicas do senhor. Lembro-me duma, talvez a última que tenha lido por ser tão má, em que o arquitecto-aspirante-a-nobel-josé-saraiva, ainda nos tempos do Expresso, propôs que, algures no Alto Alentejo se criasse uma nova cidade, uma espécie de Brasília, para se tornar na nova capital de Portugal. Foi a gota d'água. Até um puto como eu - na altura teria 14/15 anos - percebia que o senhor não regulava muito bem da cabeça.

Face Oculta

Portugal é, todo ele, uma rede tentacular. Que o próprio Estado o seja não é novidade.

novembro 04, 2009

Pachorra

Ao fim de mais de seis meses a discutir política quase todos os dias, a esta altura do campeonato já não há pachorra para ouvir e pensar sobre o tema. Amanhã o Parlamento tem o primeiro debate a sério: a nova situação política alterará alguma coisa?

Casamentos

A questão do casamento homossexual é simples: a Assembleia tem mais do que legitimidade para alterar a lei. Quem quer referendos é quem acha que não se deve, sequer, discutir a legalização do casamento homossexual. Legalize-se e acabe-se com tanta idiotice há volta do tema.

Desdobramentos

O fim de algo muito idiota.

outubro 31, 2009

Razões para não gostar de Jesualdo (6)

O texto está no Footy Elegance. Aqui.

outubro 30, 2009

Álbuns

Nesta lista do "Blitz" há álbuns que me dizem muito: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" do Zé Mário, "Um Homem na Cidade" do Carlos do Carmo, "Cantigas de Maio" do Zeca, "Ar de Rock" do Rui Veloso, "Por este rio acima" do Fausto, "Viagens" do Abrunhosa, "Humanos" dos Humanos mas também do Variações e, por último, "Cinema" do Rodigo Leão são dos melhores discos que eu tenho e neles estão as melhores músicas portuguesas. Faltam alguns, claro. Nestas coisas de listas há sempre injustiçados. Para mim falta lá o Godinho mas eu percebo a não inclusão dele. Não há um grande disco de originais do Sérgio Godinho. "Pano Crú" é um muito bom álbum mas não chega ao nível de outros da lista. Os melhores do Sérgio são os gravados ao vivo em que reúne as suas melhores composições, e o "Irmão do Meio" é o melhor álbum desta década da música portuguesa, só que não é de originais.
Talvez os Belle Chase Hotel tivessem lugar na lista dos anos 90, em vez de um dos álbuns dos Ornatos Violeta. "Independança" não é o melhor do GNR, prefiro muito mais "Popless". Mas, no global, acho que é uma lista justa.

outubro 29, 2009

Secretários

Na lista de secretários de Estado deste novo governo saltam à vista quatro nomes bastante incompetentes: Laurentino Dias, Válter Lemos, Marcos Perestrello e José Junqueiro.

outubro 28, 2009

outubro 27, 2009

Relações internacionais

Tenho-me esquecido de fazer aqui uma referência ao blogue do meu amigo André Matos. Lá encontram bons textos sobre o futuro doutor em Relações Internacionais. Internacionalizzando, visitem.

NBA


Regressa, hoje, a NBA e logo com um Boston-Cleveland. Ou seja, da melhor maneira.

ps: que cinco maravilha, o da foto...

Em estágio para domingo (2)

outubro 26, 2009

Em estágio para domingo (1)

Três cantos


É já no domingo que vou ver estas três grandes criaturas ao vivo.

outubro 23, 2009

Mulheres no governo

Anda tudo muito entusiasmado com o facto de haver cinco mulheres no governo. É evidente que é uma boa notícia, mas nada mais. Sobre isto, conto-vos uma história.
Estava eu no 11ºano e Sócrates tinha acabado de apresentar o seu primeiro elenco governativo. Apenas duas mulheres, Isabel Pires de Lima e Maria de Lurdes Rodrigues. Nesse mesmo ano tive o azar de ter uma das piores professoras que há, digamos, no mundo. Era de Geografia e ela percebia tanto daquilo como eu de críquete, ou seja, nada. Para além de não dominar a disciplina achava-se muito boa e estava sempre a mandar opiniões sobre tudo. Uns dias depois de se conhecer o novo governo, ela chegou à aula muito furiosa por só haver duas ministras e, acrescentou, tinha a certeza que aquelas iam ser as melhores do governo. Perante tanta idiotice junta não me contive. Disse-lhe que género não significava qualidade, perguntei-lhe se as conhecia - respondeu que não - e que dali a quatro anos lhe iria questionar como avaliava essas ministras. Hoje adorava saber o que pensa ela, por exemplo, de Maria de Lurdes Rodrigues.

Novo governo

(foto via Corporações)

Sócrates demorou a apresentar o elenco governativo. Seja por uma questão de calendário ou por dificuldade na formação, o que é certo é que, mais uma vez, não houve fugas de informação.

O que salta à vista neste novo governo é a continuidade do núcleo duro. Santos Silva, Vieira da Silva, Teixeira dos Santos, Luis Amado e Silva Pereira continuam ao lado de Sócrates que, politicamente, se reforçou com Jorge Lacão, Tiago Silveira, Alberto Martins. O primeiro, que já foi líder parlamentar do PS nos primeiros dois anos de Guterres no Governo, terá uma dura tarefa. Mas, tal como Francisco Assis, a sua escolha parece ter um propósito: a experiência política em governos de maioria relativa. Já Alberto Martins terá um ministério pouco dado a visibilidade. Veremos se terá capacidade para fazer alguma coisa diferente ou se continuará a alinhar pelo mesmo diapasão dos seus antecessores: não mexer em quase nada. Tiago Silveira tomará conta da secretaria de Estado da presidência do conselho de ministros, a secretaria de estado mais política de todas, o que é manifestamente uma prova de confiança em Tiago Silveira, que já participou num governo de Guterres, também como sec. de Estado.

Sócrates teve que mudar algumas caras em ministérios problemáticos. Educação, Obras Públicas e Agricultura têm novos ministros e o 1ºministro optou, nas três pastas, por não escolher pesos políticos do PS mas sim pessoas não tão ligadas ao partido, o que não deixa de ser uma estratégia a assinalar para ministérios que provocaram muitas dores de cabeça a Sócrates. Segurança Social, Cultura e Ambiente têm também novos ministros (nos três casos, ministras) que também podem se consideradas escolhas mais técnicas do que políticas. Veremos se é desta que temos uma verdadeira ministra da Cultura e uma verdadeira ministra do Ambiente, depois dos desastres do último governo.

Por fim há que referir três manutenções, menos políticas em relação às que mencionei acima, por não corresponderem ao núcleo duro político de Sócrates. Se Ana Jorge manter-se na Saúde não é surpresa, a manutenção de Rui Pereira e de Mariano Gago pode ser entendida como um prova de confiança do 1ºministro em relação ao trabalho realizado pelos dois ministros. Mas, no meu entender, são aqueles que mais podem sofrer caso Sócrates tenha que fazer uma remodelação daqui a seis/oito meses. Se com maioria absoluta houve muito poucas remodelações, agora espera-se que o governo seja remodelado com maior frequência. A não ser que corra tudo excepcionalmente bem ao PS e tudo muito mal às oposições.

outubro 22, 2009

Liberdade de imprensa

Ler, sem falta, este texto da Fernanda Câncio a propósito das idiotices que se dizem por aí sobre a liberdade de imprensa e o ranking dos Reportéres Sem Fronteiras.

Mundial 2018

Sendo certo que a construção de vários estádios para o Euro 2004 foi um erro estrutural do país, investindo em infra-estruturas desnecessárias face à situação económica nacional, não se percebe como é que agora se pode estar contra a candidatura ao Mundial de 2018. Se na altura o Euro 2004 trouxe vários benefícios a Portugal, organizar um Mundial, ainda que conjuntamente com Espanha, traria ainda mais benefícios. Por isso é incompreensível que pessoas que foram contra a construção dos estádios e que argumentam que muitos deles não servem para nada - argumento mais que válido, sem dúvida - estejam agora contra a candidatura de Portugal ao Mundial, oportunidade perfeita para dar utilidade aos estádios e para ter um importante retorno financeiro - ou alguém acredita que um Mundial co-organizado por nós e pela Espanha, tendo nós já as infra-estruturas necessárias, traria um prejuízo financeiro?!?! O mal está feito, agora é tentar compensar ao máximo os erros cometidos.

outubro 21, 2009

Humor

Gato Fedorento? Contemporâneos? Detective Cantor? Não, de todo. A peça humorística de maior valor esta semana pertence a Rita Rato, deputada pelo PCP, licenciada em Ciência Política e Relações internacionais. Leiam a entrevista que concedeu ao Correio da Manhã e digam se não é de levar às lágrimas.

outubro 20, 2009

Espinho

Eu até nem tenho grande simpatia pelo autarca de Espinho do PS - a cidade não evoluiu nada neste últimos dez anos - mas se isto for verdade é demasiado grave para não haver sanções. Manuela Ferreira Leite, a dona da verdade, que na noite eleitoral se referiu a Espinho mais do que uma vez, congratulando-se com a vitória do PSD, pode ser que engula muito bem essas palavras.

outubro 19, 2009

Mambembe

Chico em muito boa companhia. Roberta Sá é mesmo um doce a cantar.

outubro 18, 2009

Button


As vinte primeiras voltas que Button hoje realizou no GP do Brasil em Interlagos servem para demonstrar porque é que ele merece ser campeão este ano. Aquele início de campeonato teve grande influência. Mas Button é muito talentoso - demonstrou-o quando teve um bom carro na extinta Honda - e este ano teve a oportunidade da vida. Agarrou-a e de que maneira. Hoje provou que queria ser mesmo campeão. Para o ano, se o Hamilton tiver o carro que teve apenas na segunda parte da época, haverá um grande duelo britânico.

O eterno segundo


Rubinho vai ficar para sempre conhecido como o melhor número dois da Fórmula 1 dos últimos 15 anos. Há pessoas que, mesmo sendo excepcionais, encontram sempre alguém ainda melhor. Rubinho, depois de Schumi, teve agora que levar com Button. Tenho pena, Rubinho, principalmente por ti. E lá se vai mantendo a minha tese: depois de Senna, mais nenhum brasileiro conseguirá ser campeão do mundo de F1.

Loucura em Interlagos

Há pouco mais de uma hora...

Leitura

outubro 16, 2009

Líderes parlamentares

Três partidos já elegeram os seus líderes parlamentares. O PS, o PSD e o Bloco - o PCP deve nomear Bernardino Soares.
Comecemos pelo líder da bancada do PS. Francisco Assis é um deputado com muita experiência e já ocupou este cargo durante os governos de Guterres. Não foi à toa que Sócrates foi escolher um deputado que liderou a bancada no tempo do "diálogo", agora que o PS volta a liderar um governo sozinho e sem maioria absoluta. Mas será a experiência de Assis suficiente para lidar com um Parlamento desejoso de ver Sócrates e o PS cairem? Duvido. E esta nomeação pode indicar que o governo será bastante político.
O futuro líder parlamentar do PSD não é novidade nenhuma. Aguiar Branco há muito que é apontado como líder da bancada social-democrata. Não o foi quando Ferreira Leite entrou é-o agora. Olhando para a actual bancada do PSD não era difícil prever esta eleição. Será, novamente, um mau grupo parlamentar com um líder demasiado mau para combater o governo e, principalmente, Sócrates nos debates quinzenais. Isto partindo do pressuposto que Ferreira Leite abandona nas próximas semanas o cargo de líder do PSD. Aguiar Branco é uma nulidade política. Um espelho do PSD.
Já a aposta do Bloco é arriscada. José Manuel Pureza é um estreante no Parlamento mas uma estrela do partido já há muitos anos. Um grande trunfo do partido para esta legislatura e, quem sabe, esta é a preparação para substituir Louçã daqui a uns anos. Veremos até que ponto a falta de experiência parlamentar afectará Pureza. Duvido muito. Mas é um grande desafio.

outubro 15, 2009

Golfe


Ninguém percebe nada. Deus Pinheiro renunciou já ao cargo de deputado para preparar a ida aos Jogos Olímpicos de 2016 - primeira vez que o golfe será olímpico, decisão conhecida a semana passada. O mandato de deputado iria, certamente, ocupar-lhe muito tempo precioso.

Eládio Clímaco

A RTP e a televisão portuguesa não serão as mesmas depois do desaparecimento de Eládio Clímaco. Digo isto sem ponta de ironia.

TMN vs Vodafone

A publicidade tem a sua importância e a sua graça. As empresas de telecomunicações são, em Portugal, as que têm, geralmente, as melhores campanhas. A TMN, muito recentemente, investiu numa campanha para lembrar ao público que já têm sete milhões de clientes. Para isso, usou figuras bem conhecidas dos portugueses - depois de no Verão ter usado dois actores brasileiros - e criou um coisa diferente: pegou em vários pares e, informaticamente, fez uma fusão entre eles. Sá Pinto, Rui Costa, RAP, Zé Diogo Quintela, Lúcia Moniz, Rui Reininho, entre outros, foram os trunfos da TMN para esta campanha. Dificilmente uma pessoa fica indiferente a esta campanha.
A Vodafone respondeu quase de imediato. Duas semanas depois, espalhou nos outdoors um cartaz muito simples. Todo vermelho, só com uma inscrição: "power to you". E, a avaliar pela cidade de Lisboa, apostaram muito forte pois há avenidas que têm, no mínimo, cerca vinte destes cartazes. A campanha televisiva da Vodafone também utiliza uma figura pública, a actriz Eva Mendes. Mas a publicidade de rua é completamente diferente e muito mais forte do ponto de vista visual.
Não percebo nada de publicidade mas acho engraçada esta "guerra". E também consigo perceber porque é que a TMN tem mais clientes. Apesar da publicidade de rua da Vodafone ser extremamente feliz, ela tem um defeito muito grande: a inscrição em inglês. "Até já" e a cara do Sá Costa ficam muito mais na cabeça do que "power to you".

Maitê

A indignação com o vídeo de Maitê, para além de exagerada, é infantil. A senhora é parva, ok, deixem-na ser. Agora, tanta indignação porquê? Eu, no dia-a-dia, passo a vida a ouvir portugueses a ofender brasileiros. Indignação maior provoca-me a música do Pingo Doce. É impossível fazer compras com aquela banda sonora. Apetece, sei lá, estrangular qualquer criatura que apareça à frente vestida de verde e preto. Deixem a Maitê em paz, por favor.

outubro 13, 2009

Caso de polícia


Uma das boas notícias das eleições autárquicas foi a não eleição de Hernâni Carvalho, o dito jornalista policial. Em Odivelas, a criatura ficou apenas a 1300 votos da candidata do PS. Não é que eu tenha alguma coisa a ver com Odivelas: é quase zero, quase nem conheço aquela cidade. Mas ver uma criatura daquelas a mandar num concelho como o de Odivelas seria demasiado mau.

outubro 12, 2009

Rio, o Rui

Ganhou, e bem. Nenhuma surpresa. Serão mais quatro anos muito semelhantes aos oito anteriores. Corridas de automóveis e aviões, espectáculos do La Féria, as contas aparentemente em ordem, umas reabilitações de alguns jardins e pouco mais. Que sirva para o PS preparar convenientemente um candidatura forte quando tiver que defrontar Menezes daqui a quatro anos.

Santana

Aqueles vaivéns constantes entre dois prédios, a responsabilização da CDU pela vitória do PS, os ataques às empresas de sondagens e o facto de assumir que será, em princípio, vereador foram os pontos altos da noite. Principalmente a nível de humor. Santana fez um boa campanha e teve um bom resultado. Mas tinha pela frente um candidato a sério. Não está habituado.

Francisco Louçã


Um dos maiores derrotados da noite. Falhou em toda a linha a sua estratégia autárquica. E tudo começou há um ano e meio com Sá Fernandes. Não eleger vereadore em Lisboa ou no Porto é um desastre. Será esta a melhor altura para Louçã, finalmente, sair? Num partido normal assim o seria. Mas o Bloco é diferente. Veremos quanto tempo aguenta essa "diferença" sem começar a perder votos. A próxima legislatura é um teste muito sério a Louçã. E ao Bloco.

António Costa


Ganhou, e bem. Tem agora quatro anos para demonstrar que é um óptimo nome para suceder a Sócrates. Não se pode é esquecer que, se for ele a suceder a Sócrates, irá para umas legislativas em que a imagem do PS estará desgastada, aconteça o que acontecer.

Autárquicas - rescaldo

É sempre difícil dizer quem ganha eleições autárquicas. Que houve 308 vencedores, disso ninguém tem dúvida. Mas é possível fazer uma pequena referência às consequências a nível nacional que estes sufrágios produzem nos diversos partidos.
Para mim, quem tem mais câmaras ganha. E por isso o PSD venceu. Mas não foi uma grande vitória, muito longe disso. Foi apenas um vitória técnica já que este partido, que concorreu em várias câmara coligado com o CDS-PP, perdeu vários mandatos e presidências de concelhos importantes. A derrota em Leiria foi a mais surpreendente. A vitória em Faro a mais saborosa. Ou seja, a vitória técnica não dá para festejar.
Quanto ao PS, que partia com expectativas baixas, conseguiu um bom resultado e pode contentar-se com o facto de ter ganho maior número de mandatos e maior número de votos - o que não é suficiente para dizer que ganhou mas é moralmente importante. Ganhar Leiria ou Beja foram factos muito importantes para que as hostes socialistas estivessem, ontem, de bom humor.
A CDU, terceira força política, teve uma eleição medíocre. Apesar de alguns bons resultados - Alpiarça e reforço em Setúbal p.e. -, perder Beja, mesmo com mais votos, perder a Marinha Grande, perder Sines ou mesmo não conseguir Évora, fazem com que a CDU não possa estar minimamente satisfeita.
O CDS, que foi muleta do PSD em muito lado, aproveitou as coligações para aumentar o número de vereadores e deputados municipais. Mas isso não pode desmascarar que este partido continua com grandes dificuldades locais. O PSD vai agradecendo esta muleta. E o CDS também, obviamente. Destaque para a manutenção de Ponte de Lima, apesar da saída de Campelo.
Por fim, o Bloco. Mantém Salvaterra mas não consegue vereadores nem em Lisboa nem no Porto. Não consegue tornar-se mais forte a nível local e, por isso, as eleições de ontem foram um desastre para o BE.

outubro 11, 2009

Autárquicas

Em dia de eleições autárquicas, deixo-vos os links de dois bons textos do Daniel Oliveira sobre o tema. Este e este. Leiam.

outubro 09, 2009

Os erros de Elisa Ferreira


1- Ter sido eterna candidata à câmara do Porto.


2- Ter pensado que seria fácil ganhar a Rui Rio apenas com ideias gerais para o Porto.


3- Não se ter preparado para a campanha. Como não esteve no Porto nos últimos anos, era mais difícil estar por dentro de quase todos os assuntos. Nos debates perdeu por não conhecer a fundo a situação da Câmara do Porto. Imperdoável.


4- Não ter conseguido unir a esquerda. Tinha esse perfil mas algo falhou. Contar com Rui Sá nas suas listas era uma grande mais-valia. Mas a culpa não terá sido só da parte de Elisa Ferreira.


5- Ter assumido que sairia de Bruxelas para vir para o Porto, depois de ainda este ano ter sido eleita para o Parlamento Europeu. Não lhe ficou bem. Deveria ter assumido que acumularia as duas funções.


ps: apesar dos erros, há pelo menos duas grandes virtudes na candidatura de Elisa Ferreira ao Porto: ter reunido uma boa equipa e ter renunciado ao PS-Porto, esse conjunto de horrorosas criaturas que só pensam neles. E a peronalidade de Elisa é também uma virtude, apesar de o Porto ter um povo que gosta mais de pessoas agressivas. O Porto ainda não está preparado para ter uma mulher a mandar.

Twentysomething

A partir de hoje posso (e devo) dizer que sou um twentysomething.

Cartas

Hoje celebra-se, entre outras coisas, o dia mundial dos correios. E aproveita-se para recordar Cássia Eller, "ECT".

outubro 06, 2009

Autárquicas - vitórias e derrotas

Toda a gente sabe que ganhar autárquicas significa ter mais câmaras. Mas, nestas autárquicas, os partidos têm batalhas mais singulares que serão decisivas para poderem dizer que tiveram um bom resultado, independentemente do número de municípios. Vejamos.
Para o PS, que dificilmente conseguirá ter mais câmaras, perder Lisboa seria uma imensa derrota. Mesmo que ganhe o Porto e/ou Coimbra, se perder na capital é uma péssima notícia para as hostes socialistas. Ganhando também, para além de Lisboa, na cidade invicta e/ou em Coimbra já seria um grande resultado. Manter Faro, Braga, Matosinhos e Évora, ganhar Sintra ou Setúbal, seriam tudo feitos importantes, igualmente.
Para o PSD conseguir Lisboa é o grande objectivo para cantar vitória em grande. A manutenção de cidades como Porto, Coimbra ou Sintra parecem asseguradas. Por isso o PSD não terá muito onde ganhar mas sim a consolidar. A luta pelas capitais de distrito com o PS será também muito importante porque são todas elas cidades importantes, tal como o número de presidências de câmara nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Para o CDS será difícil dizer se ganha ou não já que concorre em muitas coligaçõe com o PSD. Por isso, o objectivo será manter os municípios que detém e tentar ganhar mais um ou dois no máximo.
Já a CDU tentará reforçar a sua força no Sul do país. Manter municípios importantes como Setúbal e recuperar outros emblemáticos como Évora são algumas metas a que a CDU pode ambicionar. No fundo, reforçar a força da CDU que a nível de presidências, entre duas a cinco, as também a nível de vereações em concelhos muito importantes como Lisboa, Porto ou Gaia.
Por fim, o Bloco tem todas as condições para reforçar também a sua participação no movimento autárquico. Um partido como o BE tem que aproveitar a onda das legislativas para obter um bom número de vereações. Ganhar alguma eleição será muito difícil porque o seu eleitorado encontra-se, em grande número, nos meios urbanos, normalmente dominados por PS e PSD. Manter Salvaterra de Magos é também uma prioridade.

outubro 02, 2009

Rio de Janeiro (2)

Em 2016 vai ser no Rio o maior evento do mundo. Mais do que merecido.

Rio de Janeiro


Hoje o COI decidirá quem será o organizador dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Madrid, Chicago, Tóquio e Rio de Janeiro são os candidatos finais. Torço, muito, pela candidatura do Rio. Caso seja eleito, serão dois anos fantásticos. Em 2014, a Copa do Mundo. Em 2016, as Olimpíadas. Uma excelente oportunidade para este país ser olhado de uma maneira diferente pelo mundo.

Autárquicas 2009


A mim interessam-me apenas três eleições para câmara municipais. Vila Nova de Gaia, onde voto e passo férias, fins-de-semana e onde já durante muitos anos. Porto, a minha cidade preferida e fundamental para a minha região, o Norte. Lisboa, onde vivo quase diariamente. As outras eleições são-me praticamente indiferentes, a não ser que tenham consequências nacionais.

Vamos por partes. Em Gaia, Luis Filipe Menezes vai ganhar. Resta saber por quanto. Nos últimos 12 anos Gaia mudou. Claramente. Mas mudou pouco para o que podia ter mudado. Menezes, que no último mandato não foi presidente de Câmara mas sim dirigente partidário, tem aquilo que as pessoas gostam de dizer: "obra feita". A vida no litoral de Gaia melhorou imenso. A vida no interior de Gaia continua igual há 12 atrás. Um território desorganizado, feio, sem qualidade de vida. Em 12 anos, Menezes não conseguiu fazer o que é fundamental em Gaia, um município gigante: Gaia continua a ter uma rede de transportes públicos terrível, ineficiente e pouco acessível às populações do interior.

Sejamos claros: Menezes foi super inteligente. Aproveitou mundos e fundos que caíram em Gaia, e noutros concelhos, para melhorar a cara da cidade. O cais de Gaia e toda a costa estão mais bonitas. Para as pessoas do Porto, que sempre tiveram grande estigma com Gaia, agora têm bastante inveja da zona ribeirinha e do litoral gaienses, com bandeiras azuis, pistas para bicicletas, bares altamente populares, enfim, uma zona de fazer inveja à Foz do Porto, anteriormente muito requisitada para lazer pelas pessoas de Gaia, que não tinham alternativa. E esta lavagem da cara de Gaia é o grande mérito do presidente da Câmara. O resto continua a ser uma pobreza extrema. Muito pouco para 12 anos e tanto dinheiro depois.

Quanto à oposição em Gaia, o PS escolheu uma figura do aparelho, pouco carismática, apenas para cumprir calendário e ser eleito vereador. Joaquim Couto, que tem experiência autárquica depois de mais de 15 anos em Santo Tirso nas décadas de 80 e 90, vem para Gaia sem grandes objectivos. Pode ser que um bom mandato como vereador o leve a ter hipóteses de ganhar daqui a quatro anos. Ilda Figueiredo e João Semedo quererão capitalizar o máximo número de votos para, pelo menos, tirar a maioria a Menezes.


Passando para o Porto, já aqui no blogue escrevi várias vezes sobre esta eleição. Todos sabem o quanto eu detesto Rui Rio. As suas grandes obras são ter afrontado o FCPorto, os aviões da Red Bull e os carros na Boavista. Também quis renovar o Bolhão mas perdeu essa batalha, e bem. Fala muito nas contas em ordem e a câmara continua endividada. O Porto, desde Rio, deixou de ser uma voz activa na região. A nível cultural é melhor nem falar, tantos são os defeitos desta getsão municipal neste domínio. Conclusão: o Porto piorou, e muito, nestes últimos 8 anos. Ponto final.

O problema chama-se Elisa Ferreira. A socialista, se tivesse sido candidata em 2001 em vez de Fernando Gomes, tinha dado uma tareia a Rui Rio. O Porto seria melhor. Elisa vem, agora, muito tarde. E cheia de defeitos. A polémica da dupla candidatura abalou fortemente a sua campanha e a concelhia do PS, um cancro político da cidade, também não a tem ajudado em nada. Tem propostas, tem uma visão. Mas surge tarde e isso o Porto não perdoa. Tal como não perdoou Fernando Gomes. Peca também por não se ter coligado à esquerda. CDU e BE terão alguma culpa nisso, claro. Uma última coisa, que já aqui disse: não vejo nenhum problema na dupla candidatura de Elisa Ferreira, até acho que ela deveria ter dito que acumularia funções. O problema é ela dizer que ou fica a presidente da câmara ou se mantém a tempo inteiro em Bruxelas. Desvalorizar o cargo de vereadora é um erro político.

Por fim, Lisboa. A ciadade, das três, que menos me interessa. Um simples comentário: se fosse eleitor em Lisboa votaria em António Costa. Mas como não sou, a vitória de Santana nem me incomodaria muito. Enquanto ele anda entretido em Lisboa, vai-se esquecendo do país. Portugal agradece. E Lisboa não ficaria assim tão mal entregue, como muitos fazem questão de dizer. Aliás, a campanha de António Costa já anda a enjoar de tanto ataque quase pessoal a Santana.

Amália Hoje


Por alguma razão as rádio continuam a tocar a "Gaivota", muitos meses depois. Deve ser coisa rara um disco com tanta popularidade - o da foto - que, muito tempo após o seu lançamento - continua a insistir no seu primeiro single. Eu no mês de Setembro tive de "aturar" diariamente a Rádio Comercial por imperativos laborais - sempre sonhei dizer isto - e a "Gaivota" passava invariavelmente duas a três vezes por dia. E, em breves zappings, continuo a não ouvir mais nenhum novo single. Porquê? É um disco dupla platina, ou seja, tem vendido muito bem.

E vende bem devido à "Gaivota", não tenho dúvidas. Apesar de preferir a da Amália, a nova versão é estupenda e grandiosa. Realmente, só por aquilo eu ia a correr comprar o resto. Mas o resto é horroroso. Não sei como vão reagir as pessoas que já esgotaram Coliseus e outros palcos nos próximos dias mas, se estão à espera de ouvir músicas do mesmo género da "Gaivota", enganem-se. O resto do disco é um conjunto de músicas fantásticas transformadas em canções sussurradas com alguns instrumentos alternativos à mistura. Se era aquilo que queriam fazer mais valia não fazerem a "Gaivota", até destoa de tão bom. Um disco mau, muito mau. Daí percebe-se não haver mais nenhum single para além da "Gaivota". O resto não encheria nenhuma sala com mais de 250 pessoas.

Graça Moura

Tenho dificuldade em adjectivar este artigo. Entendia-o, na perfeição, se fosse um dirigente do MMS, do POUS ou do MRRP, partidos cujo lema é "os eleitores são estúpidos porque não votam em nós mas sim neles". Ora, Graça Moura é defensor acérrimo do PSD, e de Ferreira Leite, o que não lhe garante nenhuma legitimidade para contestar um resultado eleitoral. Ou melhor, ele pode contestar. Mas talvez por o PSD ser composto por gente deste calibre os eleitores não votem neles.

outubro 01, 2009

Dia Mundial da Música


setembro 29, 2009

Cavaquices

Alguém percebeu patavina do que o velho disse?! Que péssimo presidente.

Cavaco

Eu aposto na demissão daqui a 20 minutos.

Cristoph Waltz


Este tipo merece, no mínimo, um óscar.

setembro 28, 2009

116 - Parabéns


E agora, Portas?

Portas, apesar do bom resultado, meteu-se numa encruzilhada. Não formará governo com o PS mas poderá ver-se obrigado a votar alguns diplomas favoravelmente, ou com abstenção, a fim de passarem algumas leis pelas quais se bateram: agricultura ou administração interna, por exemplo. Por outro lado poderá aproveitar o desnorteamento do PSD para liderar a oposição à direita, obrigando Sócrates a voltar-se para a esquerda, sabendo que isso causará dores de cabeça ao primeiro-ministro.

E agora, PSD?

O PSD morreu. E volta a ter um grupo parlamentar muito fraco, demasiado colado à actual líder que dificilmente o será daqui a dois meses. Se não aprenderem desta vez com os erros, podem começar a entregar todo o eleitorado a Portas. Ele não se queixará.

E agora, Sócrates?

Vão ser seis meses interessantíssimos de seguir, os próximos. Desde a formação de governo, passando pela aprovação do Orçamento, até ao comportamento dos novos ministros de pastas como Educação, Justiça ou Finanças, tudo vai ser um grande teste à capacidade política de José Sócrates. Para quem, como eu, acha que o primeiro-ministro é pouco dialogante e tem uma fraca capacidade de entender os outros porque acredita muito em si, estes meses serão um duro teste já que terá que agradar a gregos - esquerda- e troianos - direita. A tentação de agradar ao PSD e CDS de forma a ter, pleo menos as suas abstenções, é grande. Mas há que ter em conta o BE. E tirar votos ao BE é fácil: basta ser um pouco mais de esquerda.
É difícil fazer prognósticos. É esperar para ver. A constituição do governo é o primeiro teste. Mas até lá ainda há autárquicas e Cavaco Silva terá que dizer alguma coisa.

setembro 27, 2009

O grande vencedor da noite...

...são, na realidade, dois. O CDS, que recupera muito eleitorado e consegue novamente incomodar o PSD. E o Bloco que cresce de forma impressionante em quase todo o país, mais que dobrando a sua representação. São os dois partidos da oposição que encaram o início da legislatura com mais força e capacidade de influenciar as políticas governativas.

O grande derrotado da noite...

...chama-se Cavaco. E não é pelo episódio das escutas. É pelo calculismo político. Abandonou todos os seus ideais políticos e económicos, rejeitando a antecipação das eleições já que estavam em causa várias coisas: orçamento, combate à crise, tudo assuntos muito caros a Cavaco mais o seu pensamento economicista. Mas a vontade de ver Sócrates derrotado e Ferreira Leite em S.Bento levou-o a deixar correr os prazos máximos, a ver se o seu PSD conseguia embalar para uma vitória, como nas europeias. Perdeu. É, junto a Ferreira Leite e mais os donos da verdade, o grande derrotado da noite.

Ferreira Leite

Um discurso vazio, pouco empolgante. Não falou nem em medo nem em verdade. Estava, claramente, aliviada.

Primeiras impressões

Uma grande derrota do PSD. Uma boa vitória do PS. Grande resultado do CDS e BE. E CDU continua a subir, como tem feito nos últimos anos, moderadamente. O discurso mais esperado da noite: Ferreira Leite. Quem é que eu gostaria de ouvir: Santana Lopes. O discurso mais inflamado será de Paulo Portas.

Finalmente, Evans!


Roda Viva

O subtítulo do blogue mudou. Continua com Chico, claro. Mas eis que chega a roda viva...

Sondagem à boca das urnas (projecção Tijolo com Tijolo)

PS: 35 a 37%.

PSD: 31 a 33%.

BE: 8,5 a 11%.

CDS: 6,5 a 8%.

CDU: 6,5 a 8%.

Ainda a praxe...

Ler este texto muito bom do Daniel Oliveira. Assino por baixo.

setembro 26, 2009

Reflexões da campanha

Chegou ao fim uma péssima campanha. Talvez por já andarmos em campanha desde Abril, estas últimas quatro semanas foram verdadeiramente insuportáveis. Já poucos têm pachorra para ouvir os candidatos e as análises dos mesmos feitas pela imprensa. Gastámos meio ano em campanha. Amanhã chegou o dia para acabar com a festa nacional - segue-se a regional.
PS: durante este tempo todo apostou num discurso positivo, de energia, de motivação. Lembraram apenas algumas medidas dos últimos quatro anos. Apostaram na crise internacional para se desculparem. Sócrates teve o mérito de, nos debates, ter condicionado a acção da sua maior ameça: o Bloco. Nas últimas semanas, Louçã e companhia andaram um pouco perdidos. Por isso, Sócrates beneficiou de duas últimas semanas de campanha bem tranquilas. Cavaco também "ajudou".
PSD: asfixia, medo, asfixia, medo, asfixia, medo, asfixia, medo. Ferreira Leite e os seus companheiros de partido consideraram esta a melhor forma de ganhar votos. Até pode ser que resulte. Mas duvido muito. O PSD nunca conseguiu marcar o ritmo da campanha.
CDS: Portas gosta do espectáculo, de se comover com os velhinhos, com as crianças, com os ex-combatentes, com as peixeiras. Fala sempre com a lágrima no canto do olho, emocionado, vestindo a pele de um político sensível e preocupado. A agricultura e a segurança, os seus pontos fortes de discurso. No final acabou a tentar "bater" no PSD. As sondagens dão-lhe um bom resultado. Mas, e se desta vez, o CDS não vencer as empresas de sondagens?
CDU: Jerónimo é uma simpatia e consegue uma dinâmica muito boa de campanha. Sem grandes polémicas, a CDU foi a força política que menos se destacou na imprensa mas, a julgar pelas imagens, conseguiu fortes apoios populares. Para continuar a crescer já amanhã?
BE: a fasquia está muito alta e os seus apoiantes não souberam refrear o entusiasmo. Antes de entrarem nas duas semanas de campanha, os dirigentes do BE estavam confiantes. Perderam um pouco o rumo, ajudados por uma forte bipolarização mediática. E nem o episódio Cavaco os ajudou muito. Vai crescer mas poderia crescer ainda mais. O PS tranformou o BE no bicho-papão e a estratégia resultou.

setembro 25, 2009

Joaquim Aguiar


Vejam a entrevista que o senhor que se diz politólogo - não sei onde, nem como, mas pronto - deu hoje no Jornal 2, por volta dos 20minutos. Para além de ninguém perceber nada do que ele diz, inclusivé a jornalista, no pouco que se percebeu detectou-se uma fúria e ódio tão grande ao PS e um amor tão grande ao PSD que a RTP2 mais parecia a Fox News, tal era o nível de parcialidade existente. Eu defendo que os politógos não devem ser isentos. Mas entre a isenção e o fanatismo vai uma longa distância. Eu quero acreditar que o senhor da foto ingere qualquer coisa antes de ir para a televisão botar faladura. Não quero acreditar que alguém que aparece tantas vezes em jornais ou televisões para falar de assuntos sérios seja um idiota, para não o apelidar de pior.

setembro 24, 2009

Expectativas

Faltam menos de quatro dias. Tudo o que não seja uma vitória do PS sem maioria, um resultado do PSD abaixo dos 35%, uma votação na ordem dos 10% do Bloco como terceira força política, um CDS e uma CDU muito idênticos lutando pela quarta posição e um deputado do MEP, será uma surpresa. E uma abstenção abaixo dos 60% será, igualmente, uma grande novidade. Para confirmar no domingo à noite.

Fabian


Este é outro suiço que eu adoro. Ok, eu não amo o Cancellara tanto como o Federer mas mesmo assim é um dos meus desportistas favoritos. Mais um título mundial de contra-relógio e com um grande avanço. À campeão! Foi pena nos Jogos Olímpicos aquele terceiro lugar na prova de estrada...O merecido era o primeiro apesar da espectacular corrida que fez.

setembro 23, 2009

Futebol

A partir de hoje faço parte do FootyElegance, um excelente blogue sobre futebol. Um blogue muito bem frequentado e que vou ter o prazer de lá deixar as minhas opiniões. Aqui no Tijolo continuarão os outros temas em destaque e, também, futebol. Mas passem por lá e leiam também o que por lá se diz.

Declaração de voto

São as "minhas" primeiras legislativas. Será o meu primeiro voto para o órgão legislativo. Confesso que tive grandes dúvidas em quem votar.

A minha primeira decisão foi votar em branco. Por uma simples razão: o sistema eleitoral, pedra essencial do sistema político, é um sistema perverso que contribui em muito para a fraca qualidade democrática e cívica do nosso país. Ao votar nas legislativas estamos a votar em deputados que são eleitos por círculos plurinominais. Esses círculos correspondem aos distritos e às ilhas (mais os circulos "estrangeiros"). Mas um eleitor em Évora ou em Bragança que vote no seu deputado não se está a fazer representar na instituição política mais importante do nosso sistema. Esse eleitor está apenas a conceder um voto partidário numa pessoa qualquer que nunca defenderá a região pela qual foi eleita mas apenas pensará como o seu partido mandar. Ou seja, os deputados eleitos para o Parlamento são, todos eles, instrumentalizados pelo seu partido. E não é que estejam a desvirtuar as regras. A nossa lei eleitoral não diz que um deputado representa a região. Mas num país em que as assimetrias regionais são imensas, o nosso sistema de eleição da Assembleia da República assentua ainda mais o degradar da qualidade de vida das pessoas que vivem em regiões eternamente ignoradas em detrimento das lutas políticas de baixo nível - basta ver esta campanha para perceber isso.

Um eleitor deveria ter a possibilidade dupla de votar num partido e numa pessoa simultaneamente. Ou seja defendo um sistema misto ou mesmo um sistema em que o voto plurinominal (o actual) possa conter uma funcionalidade que permita que o eleitor vote num candidato directamente - o voto preferencial. Nenhum partido defende esta mudança. Muitos querem reduzir o número de deputados, medida da qual eu não concordo. Partidos como o BE ou CDU defendem a manutenção do actual sistema. Porque é o que lhes convém mais. Se bem que a minha aposta no sistema misto em nada alteraria o peso dos partidos pequenos - basta olhar para a Alemanha onde raramente há maiorias absolutas e há um peso importante dos partidos pequenos, para além de uma alta taxa de participação e o chamado voto táctico é altamente utilizado porque é possível votar em dois partidos na mesma eleição, aumentando o interesse e a participação cívica.

Mas então porque não voto eu em branco? O voto em branco não tem nenhuma consequência política. Erradamente, os políticos dão-lhe o mesmo valor que a abstenção: zero. Isso era outra mudança: o voto em branco contar para as atribuições de mandatos. Mas isso é pedir de mais, eu sei.

Como estamos numa altura crucial para o futuro do país, votar em branco soa-me a irresponsabilidade. Por isso vou votar Bloco. Por duas razões muito simples.

Em primeiro lugar dizer que sou um natural eleitor do PS. Mas não deste PS. Deste PS que nos tem governado alternadamente com PSD e com o sucesso que está à vista: um País sem rumo, sem projecto, sem ideias, sem futuro. Um país controlado pelos quadros do PS e do PSD. Por isso não posso votar PS nestas condições. Nem o facto de o PSD estar perto do PS me faz mudar de ideias. O PS em nada contribuiu para melhorar a nossa democracia nos últimos 20 anos.

E porquê Bloco? Simples. É o partido que mais incomoda a sociedade de interesses instalados que é a nossa. Porque é o partido que mais pode "obrigar" o PS a definir um outro rumo político para os próximos anos. Um rumo marcadamente de esquerda, com uma nova dinâmica cívica e política que consiga dar uma lufada de ar fresco à nossa democracia. E porque o Bloco, com votos, terá forçosamente que adoptar uma outra postura política. E isso só ajudará ao fortalecimento da democracia, no meu entender.

Poderão estar a pensar na contradição entre o voto em branco e o voto no Bloco. Alguma, certamente, ainda para mais o BE não defende a alteração do sistema eleitoral. Mas dentro de mim há uma convicção forte: só um Bloco forte pode fazer com que o PS altere o rumo. E essa mudança será, a longo prazo, benéfica para o país. É, sobretudo, um voto táctico. Mas que tem alguma dose de emoção.

Dia 27 há uma coisa que é preciso não fazer: votar PSD ou PS.

setembro 21, 2009

Lima

Ai que não me meto na campanha! Ai que eu não sou ingénuo! Ai que eu sou o garante do regular funcionamento das instituições!

Vai ficar mudo quanto tempo, sr.Silva?

Acho, suspeito, desconfio

"Se houvesse mesmo um clima de medo, eu acho, suspeito e desconfio que não havia tanta gente a apontá-lo."

Os idiotas


Por estes dias, todos os anos, lembro-me sempre deste filme. Aquelas criaturas vestidas de negro a praxarem outras criaturas é das cenas mais idiotas da nossa sociedade.

Ibéria


É por estas e por outras que eu não me importava nada de ser espanhol. Lá ao menos dá-se valor ao que se tem e trabalha-se o que se tem de menos bom para se chegar ao mais alto nível. Um grande exemplo de cultura desportiva mesmo aqui ao lado. Até quando continuaremos a assobiar para o lado?

Gasol, Rudy, Navarro, Garbajosa e companhia já mereciam isto.