abril 25, 2011

O futuro

A RTP tem estado a entrevistar, quase diariamente, personalidades portuguesas com o intuito de ajudar a compreender o estado do país e o futuro que se avizinha.

Jorge Sampaio, António Barreto, Ramalho Eanes, Carvalho da Silva, Freitas do Amaral, Fernando Nobre, Alexandre Soares dos Santos, José Policarpo, Belmiro de Azevedo, Ricardo Salgado, Mário Soares e os actuais líderes partidários.

Ou seja, os mesmo de sempre, os mesmos que nos empurraram para o abismo, os mesmos que não estão dispostos a nenhuma mudança profunda. Quase todos à direita.

São estes os protagonista do futuro? É isto um serviço público? São estas as personalidades que os portugueses querem ouvir numa época que vivemos?

Se as respostas foram todas positivas, estamos feitos. Resta-nos lutar.

abril 19, 2011

A esquerda e o FMI

Num texto recente aqui no blogue, escrevi que a esquerda parlamentar portuguesa, PCP e BE, têm pela frente um grande desafio nestas eleições, que passa por mostrarem ao país que são uma alternativa credível e que têm soluções distintas das que têm sido praticadas até agora.

Porém, a atitude dos dois partidos de esquerda ao não reunirem com as representações do FMI e companhia, dá uma ideia ao país que PCP e Bloco não estão dispostos a assumirem-se como protagonistas de peso no processo político.

Se é uma realidade a "ajuda" externa, os dois partidos não podem amuar, como o fizeram. Têm que ir à luta e esta passa por enfrentar as entidades estrangeiras que nos querem resgatar mostrando-lhes que estão erradas, que há outros caminhos e que há políticos responsáveis em Portugal que pensam de maneira diferente e que querem um outro rumo para o país.

Ficar à parte do processo político não representa uma atitude minimamente responsável e é hipotecar o sucesso eleitoral dos dois partidos, ajudando os outros três da continuidade.

O micróbio de Adriana


Adriana Calcanhoto regressou aos discos de originais e em grande forma. Depois do mediano Maré (2008) e de mais um aventura Partimpim, Adriana deixou-se contagiar pelo micróbio do samba que resultou num álbum de grande nível. A cantora brasileira pode ter estado muitos anos longe do seu melhor mas não perdeu a voz delicada e única na música brasileira, voz essa que ganhou uma nova alma com estes sambas. Foi uma escolha feliz porque cedo se percebe, ao escutar o início do disco, que estamos perante algo muito bom.

O micróbio de Adriana vem das profundezas do samba, das raízes dos grandes compositores brasileiros. Basta atentar nas temáticas das músicas para nos lembrarmos de muitas de Noel Rosa, por exemplo. Mas o que Adriana faz não é estar presa a essas raízes: é preservá-las e cuidá-las, dando-lhes nova vida, com aquele toque MPB inconfundível da cantora do Rio Grande do Sul. Temos referências ao Carnaval - em "tão chic" - temos também a estação da Mangueira a fechar o álbum. E temos muitas músicas onde as palavras importam, palavras de Adriana que são a coisa mais preciosa deste álbum.

Depois de ouvir o disco, mesmo que sem grande atenção, há frases que nos ficam na memória: "pode-se remoer, se penitenciar, eu encontrei alguém que só pensa em beijar"; "ele acredita que me engano, pensa que sabe mentir o homem que eu amo". O meu samba preferido do disco é o "vem ver", uma música com uma temática bem própria dos grandes nomes do samba de há muitos anos: "por você largava tudo, arranjava o que fazer, até voltaria cedo, eu deixava de beber". Delicioso. Apenas numa música - "deixa gueixa" - se notam algumas influências dos álbuns de Partimpim. De resto, é um álbum muito bem estruturado, com muita qualidade dos instrumentistas, um regresso de Adriana Calcanhoto aos grandes discos.

Cabeças de lista do PS

Os cabeças de lista do PS às legislativas de Junho revelam apenas uma coisa: mediocridade. Bem sei que não haveria grande possibilidade de escolha, os nomes designados teriam que representar alguns aliados de Sócrates. Mas o líder do PS quer insistir em mais do mesmo e não mostra ao país que quer mudar, por pouco que seja. A continuidade, segundo Sócrates, é a melhor arma para combater a crise. E só assim se justifica que nomes como Ana Jorge, Vieira da Silva, Helena André, José Junqueiro ou António Serrano sejam indigitados para cabeças de lista, já que se tratam de governantes cuja acção tem sido praticamente nula. Já Pedro Silva Pereira, Fernando Medina e Francisco Assis não surpreendem porque têm sido protagonistas do debate político recente.
A surpresa Basílio Horta também não estranha. A forma como o fundador do CDS tem defendido este governo foi premiada e Sócrates tenta, com este nome, ganhar alguns votos à direita. Já à esquerda, os nomes de Ferro Rodrigues, João Soares ou António José Seguro são trunfos para mostrar ao país que o partido inclui nas suas listas pessoas que não são as mais entusiásticas defensoras da direcção socialista.
Em suma, os vinte e dois cabeças de lista do PS são apenas a continuação dos últimos anos. Se o PSD se renovou - porque também se renova de dois em dois anos - o PS prefere apostar em nomes do passado recente e, quase na sua totalidade, fiéis seguidores do líder Sócrates.

abril 15, 2011

Guerrinhas

A guerrilha partidária entre PSD e PS está a chegar ao cúmulo. A paciência dos portugueses vai esgotar-se rapidamente caso estes dois partidos não consigam deixar de olhar apenas para o seu umbigo. Depois de tanta polémica, Passos Coelho veio admitir que, afinal, esteve reunido com Sócrates antes da ida a Bruxelas. E agora é Pacheco Pereira que revelou que, enquanto Sócrates negociava em Bruxelas, o PSD ordenou por SMS aos deputados para não fazerem quaisquer declarações sobre o novo PEC.
Onde é que isto vai parar? Que novos dados teremos daqui a uma semana? Se Sócrates é o péssimo primeiro-ministro que todos nós reconhecemos, já Passos Coelho, em tão pouco tempo, já demonstrou que não está minimamente preparado para isto.

Cabeças de lista do PSD

A revelação dos cabeças de lista do PSD para as próximas legislativas são uma pequena surpresa. Para além de Fernando Nobre, há nomes surpreendentes como o de Francisco José Viegas, Carlos Abreu Amorim ou Manuel Meirinho Martins. Estes três, que nos últimos anos têm sido comentadores regulares na televisão, revelam a preocupação de Passos Coelho em abrir o partido à sociedade civil. Mas, apesar de serem independentes, nenhum deles pode ser visto como pessoas fora do espectro partidário do líder do PSD. Abreu Amorim sempre foi um defensor da cartilha liberal desta direcção, Francisco José Viegas editou mesmo um dos livros de Passos Coelho e Meirinho Martins, conhecido politólogo, nunca escondeu a sua proximidade ideológica com Passos Coelho e o PSD. Estes três nomes representam alguma novidade mas para quem andou a apregoar tanta mudança, fica aquém das expectativas.
O problema dos cabeças de lista continua a ser o embuste Alberto João Jardim. Mais um líder do PSD, mais um que não consegue fazer frente ao tirano madeirense. E as tropas do partido continuam lá: Aguiar Branco, Mendes Bota, Miguel Macedo, Teresa Morais, Mota Amaral, Pedro Lynce, Couto dos Santos ou Miguel Relvas são cabeças de lista.
À excepção das quatro novidades iniciais, que mesmo assim deixam muito a desejar, não há uma mudança significativa na designação dos cabeças de lista do PSD.

abril 11, 2011

Gelatina política


Na ressaca do comício/congresso do PS, fortemente mediatizado, Passos Coelho e o PSD sentiram necessidade marcar a agenda mediática. Como? Lançando Fernando Nobre como cabeça-de-lista por Lisboa e anunciando que será o candidato a presidente da Assembleia caso o PSD ganhe as eleições. Se o PSD dava mostras de fragilidade quanto ao seu programa, agora também são as pessoas que escolhe que sugerem muita desorientação na São Caetano à Lapa.

Fernando Nobre pautou toda a sua campanha presidencial contra os partidos, contra o sistema, contra os deputados, até contra o cargo de presidente da República ao qual concorria. Aproveitando o vazio socialista, Nobre conseguiu congregar muitos eleitores descontentes, principalmente à esquerda. Lutou pelos valores da independência, da cidadania e, mesmo depois das eleições presidenciais, deu várias entrevistas e declarações jurando a pés juntos que não iria fundar um partido ou aliar-se a um deles. Nos últimos anos, inclusivé, Nobre foi uma das vozes contra aqueles que defendem menos Estado na economia e teve uma real aproximação ao Bloco de Esquerda - a sua candidatura presidencial dividiu muitos votantes habituais bloquistas.

A sua aliança ao PSD só tem uma explicação: cheira a poder. A promessa do segundo cargo da nação é o que faz mover Nobre, ainda bêbado dos 14% dos votos na últimas presidenciais. Já para não falar na sua impreparação para um cargo político com o relevo da presidência da Assembleia.

Nobre é um figura narcísica e arrogante que não olha a princípios para conseguir o que quer desde que se lançou na política. Ter poder faz parte dos objectivos de Nobre, nem que seja necessário pôr em causa todos os princípios básicos que alimentaram a sua candidatura à presidência da República nos últimos meses. E para isso escolheu o partido certo: o PSD já demonstrou que tem uma coluna vertebral de um caracol, citando Miguel Portas. Este recrutamento na sociedade civil - o argumento da escolhe de Nobre - é mais uma prova do eleitoralismo barato do partido de Passos Coelho que está desesperado por marcar o ritmo de campanha. Para isso, recorre a todo o tipo de estratégias. Até agora, todas falhadas. O programa eleitoral poderá ser o próximo.


Fernando Nobre e este PSD são apenas gelatina política.

abril 08, 2011

Discriminação na CP

Na viagem que fiz ontem de Lisboa para o Porto, a caminho do Dragão para ver o Ibson a ser humilhado, deparei-me com um episódio vergonhoso, envolvendo um dos revisores da CP.
Em Coimbra, um jovem passageiro de dezasseis anos entrou no comboio com a camisola do FCP vestida. O revisor só chegou junto dele depois de Aveiro e foi aí que começou a confusão. O rapaz tinha-se esquecido do Bilhete de Identidade mas tinha o cartão de aluno que comprovava que era estudante e que poderia ter o desconto que beneficiou na compra do bilhete. O revisor, dentro da lei mas demasiado escrupuloso, exigiu o BI ou outro documento que identificasse a idade do passageiro. Sem idade para ter carta de condução e sem passaporte - os únicos documentos válidos nas palavras do revisor - foram inúteis as tentativas do jovem para demover o revisor quando lhe mostrou outros cartões onde tinha a sua data de nascimento. O revisor estava determinado a cumprir a lei ao máximo. O que até pode ser respeitável, não fosse o comportamento que teve a seguir.
Na mesma carruagem viajavam vários russos, adeptos do Spartak. Um deles, bem próximo do local, tentou aliviar a tensão, gritando Spartak e pedindo ao revisor para deixar em paz o miúdo. O homem da CP virou-se para o russo e apenas disse: "eu hoje também sou do Spartak". Nesse momento, caiu-lhe a máscara. O zelo com que estava a tratar o jovem passageiro era apenas por ele ter vestida uma camisola do FCPorto. Em variadíssimas situações, os revisores da CP toleram estas situações, principalmente se os passageiros forem bem educados e civilizados, que foi o caso deste rapaz. Aliás, no meio da conversa, o passageiro recebeu um telefonema e, quando atende, o revisor ironiza de forma indecente: "não é por telefone que vai conseguir provar nada". Uma atitude lamentável que culminou em beleza.
Quando o revisor da CP estava a fazer as contas da diferença que o miúdo teria que pagar, resolve lançar esta farpa: "eu até estou a ser bonzinho, este caso é passível da coima máxima por não possuir um bilhete válido". Perante isto, o rapaz apenas questiona o homem da CP com um normalíssimo "porquê?" e é aí que o revisor finaliza a conversa: "ai está a questionar? pois estão em Campanhã vai ter a PSP à sua espera para o identificar e aí pagará a multa máxima", procedendo em seguida ao telefonema para que essa diligência fosse tomada.
Como é que se reage a isto? Com muita calma. Eu bem que tentei interceder a favor do jovem mas foi impossível falar com um anormal daqueles. Por isso, aconselhei o miúdo a sair na estação anterior a Campanhã e foi o que aconteceu: em Gaia, despistei o revisor, o rapaz vestiu outra camisola e saiu por outra porta, passando inclusivamente na plataforma junto ao revisor sem que este desse conta disso. No final, eu apenas me despedi do revisor com um sonoro "cinco a zero" e um encolher de ombros. A seguir, esse senhor terá uma reclamação formal na CP.

abril 06, 2011

Desafios à(s) esquerda(s)


A campanha para as eleições de 5 de Junho ficará marcada por dois temas: o debate económico e as causas que ditaram a queda do governo, a não ser que haja algum "escândalo" de campanha muito forte - eles surgem sempre, diferem é no impacto que têm. Assim, não haverá espaço para debater concretamente a educação, a justiça ou a saúde. Quem sairá favorecido desta bipolarização temática de campanha serão os dois maiores partidos e o CDS por uma razão simples: há muito que se instalou na opinião pública (e publicada) que a austeridade é inevitável e que é esse o caminho a seguir. PS, PSD e CDS são fiéis representantes dessa doutrina, variando apenas na forma - com ou sem FMI, por exemplo. Sobram os partidos da esquerda que têm nesta eleição um verdadeiro desafio.
E ele é muito simples: ou se esforçam para mostrar aos eleitores que são uma verdadeira alternativa e que têm propostas distintas, ou então continuam a tocar a mesma música dos últimos anos, que é uma política praticamente de protesto, que tem toda a razão de ser mas que não lhes confere a legitimidade necessária para se afirmarem como alternativas de governo.
Isto vem a propósito da noticiada reunião que dirigentes dos dois partidos terão a fim de promoverem um possível acordo pré ou pós-eleitoral. É, à partida, uma boa ideia e por várias razões. Em primeiro lugar, o discurso económico - que é o que interessa nesta campanha - é muito semelhante entre comunistas e bloquistas e totalmente diferente da tal inevitabilidade. Segundo, porque durante a legislatura raras foram as vezes em que votaram de forma diferente as propostas de lei mais importantes. Depois, porque esta é uma eleição em que os portugueses se deslocam às urnas cansados e pessimistas, e apresentar um projecto de união e esforço colectivo entre uma facção do panorama político português poderia ser um sinal importante para muitos eleitores descontentes com o rumo que o país está a tomar. Quarta razão, dariam um sinal claro ao PS que há, à sua esquerda, uma vontade expressa nas urnas de união à esquerda, evitando que aquele partido procure apenas na direita a muleta para continuar a governar. Por último, sinalizaria um esforço total para evitar que a direita parlamentar tivesse uma maioria absoluta.
Noutro contexto qualquer, seria impensável uma união entre estes dois partidos. No entanto, a crise actual não deixa espaço de manobra para estes dois partidos: ou se assumem como alternativas ou sofrerão as consequências. E o principal prejudicado seria sempre o BE porque tem um eleitorado mais volátil que o PCP e que, a crer nas sondagens, será a primeira eleição legislativa onde terá menos votos e deputados que a anterior, contrariando a lógica de crescimento que tem marcado a evolução do Bloco desde a sua criação. Louçã e companhia têm que perceber que o discurso usado até aqui não chega. Há que ir mais longe e o Bloco têm gente bem capaz disso, tal como o PCP. Neste tempo, o que importa é enfrentar os desafios de frente e com coragem, esquecendo possíveis desacordos antigos e sem importância para o dia-a-dia dos eleitores.

abril 04, 2011

Sondagens

Algumas sondagens que têm saído a público mostram uma clara tendência: o PSD será o vencedor das próximas eleições. Isto parece ser um dado adquirido por quase toda a população portuguesa, faltando apenas saber por quanto é que o partido de Passos Coelho ganhará. Mas numa rápida visita ao excelente blogue sobre sondagens e opinião pública Margens de Erro, do politólogo Pedro Magalhães, e procurando no arquivo do mesmo, podemos olhar para as sondagens que foram realizadas a dois meses das eleições legislativas de 2009.

Em Julho, todas as sondagens - cinco, no total - davam a vitória ao PS. Porém, com a excepção de uma da Intercampus - com resultados muito estranhos talvez por não incluírem votos brancos, nulos e não respostas. Portanto, esta sondagem é, a meu ver, um outlier. As restantes quatro revelavam, de facto, duas tendências: a vitória de Sócrates mas com uma margem nunca superior a 2% (30,5% vs 30,3%; 35,1% vs 33%; 33% vs 31%; 35,5% vs 34,2%). Isto, volto a dizer, a dois aproximadamente dois meses das eleições.

Quando voltamos a estar a sessenta dias de outro acto eleitoral, esta pequena perspectiva histórica não pode ser desprezada. Porque Sócrates em campanha é muito forte e em 2009 foi nas três últimas semanas que descolou nas sondagens para chegar ao dia das eleições com mais de 7% que o PSD (36,5% VS 29,1%). À custa de uma campanha sólida e bem organizada, face a uma péssima estratégia do PSD, Sócrates e o PS capitalizaram muitos votos em campanha quando dois meses antes havia a dúvida de quem seria o vencedor. Como será desta vez, o tempo e a campanha o dirão.

abril 03, 2011

Zapatero


Zapatero anunciou ontem que não se recandidata à liderança do PSOE e que não será, por isso, candidato a primeiro-ministro daqui a um ano. Assim, o partido socialista terá um ano para preparar tranquilamente - e com primárias - a sucessão e o combate contra Rajoy e o PP.
Este anúncio leva-me a uma rápida comparação com Sócrates. Este, agarrado a poder, nesta legislatura fez quase tudo para cair, desde a formação de um governo politicamente fraco até aos ataques de vítima com que nos tem presenteado. Pensar no país, é que nem um bocadinho. Esforço nacional, não se vislumbrou. Pode-se até discordar das políticas de Zapatero em tempos de crise mas uma coisa não se pode esconder: o primeiro-ministro espanhol, com um governo minoritário, mostrou que o que lhe interessa é o país e não o poder. Aqui não. Sócrates e o PS sempre puseram à frente os seus interesses. O país pode esperar.

abril 01, 2011

Telejornais

Eu há muitos anos que não vejo os Telejornais das 8 da noite dos três canais generalistas. Demasiado longos, levam a notícias sem interesse. É um modelo gasto. Mas ontem, como pensei que Cavaco ia falar às 8 da noite, liguei a TV num deles. Ao anunciarem que a declaração seria só às 8.30, resolvi esperar. Mas às 8.15, o Telejornal que estava a ver foi para intervalo. Achei aquilo estranho e mudei para outro da concorrência que estava igualmente com publicidade. Tentei o terceiro: um minuto depois também tinha parado para publicidade. Sou só eu que acho isto uma aberração? Felizmente, nos tempos que correm, tenho acesso a todas as notícias que quero e quando quero em vários locais.