maio 31, 2011

O PS

Após seis anos de governação socrática, o PS é um partido moribundo, sem rumo, sem ideias, refém da perseverança e teimosia do líder que secou tudo à sua volta. Após seis anos de governação socrática, o país está pior. Bem podem remeter a culpa da crise para o exterior. E em grande parte é bem verdade. Mas não se pode esquecer que este é o PS mais à direita de sempre e que, tão depressa se julga Keynesiano (2009) como a seguir está a aplicar as medidas do FMI (início de 2010).

Que Sócrates seja um génio comunicacional, não há dúvidas. O seu discurso ao longo dos últimos dois meses é uma inversão inteligente das coisas: a culpa da crise política é do PSD, a culpa da crise económica é do exterior, e nós somos os homens da esquerda moderada que vai salvar o país com o seu plano de crescimento de apoio ao Estado Social. Mas Sócrates esteve na oposição ou no governo? O que é facto é que com este discurso – e com ajuda da CDU e do Bloco – conseguiu criar a imagem do PSD como os neoliberais perigosos e reaccionários (que o são) na perfeição, deixando livre para si o espaço para defender os pilares do Estado Social. quando o andou a destruir nos últimos seis anos.

Após seis anos de governação socrática, são poucas as bandeiras do governo: energias renováveis, modernização administrativa, algumas medidas na educação (com os seus problemas, mesmo assim), os direitos das minorias e pouco mais. Na área da Justiça, zero. No Ambiente, nem se conhecem os ministros. No ensino superior, um péssimo Mariano Gago, enfim, uma colecção de ministros inúteis.

O pós-5 de Junho no PS é uma incógnita. Uma derrota por poucos não é suficiente para a saída de Sócrates ser inevitável. E mesmo que o secretário-geral do PS esteja disposto a sair, o PS enfrentará uma longa travessia no deserto à procura de um líder forte. Até porque não tardarão novas eleições legislativas – até 2013, parece inevitável sem uma maioria absoluta do PSD. O problema é que o PS está morto e mal entregue, a incompetência reina por esse país fora nas estruturas socialistas e será uma transição muito dura. E a culpa disto tudo não é nem da crise, nem dos especuladores, nem da chumbo do PEC.

O PSD

Passos Coelho vai ganhar as eleições. Porém, será uma vitória curta para quem, há pouco menos de um ano, tinha todas as condições para conquistar uma maioria absoluta. O que deitou tudo a perder? Impreparação, contradições entre os seus dirigentes, prestações pouco esclarecedoras nos debates e, acima de tudo, tiros no pé como Fernando Nobre, o tema do aborto ou as contradições entre o discurso do líder e o programa eleitoral.

Passos Coelho ganhará, vai aliar-se com o Paulo Portas e, caso continue a demonstrar a sua tremenda falta de jeito para liderar um partido, a sua liderança do governo será curta. Em primeiro lugar, porque terá que comandar uma coligação e nunca é fácil gerir uma situação destas. Depois, o seu partido não estará unido porque queria uma vitória esmagadora. Por último, os tempos de crise económica e social não darão descanso a Passos Coelho e à sua agenda liberal.

O PSD teve um ano para se preparar para ser governo. Derrubou o executivo de Sócrates quando quis e nem assim vai conseguir uma grande votação – entenda-se, maioria absoluta. É uma vitória mas veremos por quanto tempo.

maio 30, 2011

Contador

O que Alberto Contador fez no Giro deste ano não tem adjectivos. Monstruoso é pouco para classificar as três semanas do espanhol por terras italianas. Foi um Giro duríssimo, com muita montanha, muitas etapas com mais de 200km. Contador não deu hipóteses à concorrência que contava com ciclistas de grande nível: Scarponi, Menchov, Nibali ou Anton. O facto de não estarem os irmãos Schleck não tira mérito à vitória do espanhol.

Falta agora saber se Contador estará presente no Tour e, caso esteja, se conseguirá mostrar-se na forma actual de forma a juntar, no mesmo ano, as duas grandes provas. E ainda há a Vuelta em Setembro, já que nunca nenhum ciclista ganhou as três grandes voltas num só ano.


maio 29, 2011

O Bloco


A crer nas sondagens, o Bloco terá uma queda brutal no número de votos e no número de deputados. O que se afigura muito estranho já que se vivem tempos propícios ao aumento da força eleitoral da esquerda: crise económica, crise social, PS mais à direita da sua história, crise da identidade europeia. Mas então porque razão o Bloco não cresce e não aparece nas sondagens com valores idênticos ou superiores ao CDS-PP, por exemplo?

À primeira vista, parece prevalecer o voto útil no PS, apesar do enorme desgaste de Sócrates. E é o próprio PS que tem tentado, ao máximo, passar a mensagem de que a direita é o bicho papão e que se chegarem ao poder será o fim do Estado Social, etc, etc. A estratégia de Sócrates é boa e tem tido resultados. Porém, o Bloco alinha no mesmo diapasão e faz tantas ou mais críticas a Passos Coelho e a Paulo Portas do que os ataques políticos que disfere a Sócrates.

Nesse sentido, na perspectiva do eleitor de centro-esquerda, mesmo que esteja cansado do actual executivo, encontra eco das palavras do PS no discurso do Bloco (e da CDU), apontando a direita como o grande inimigo. Se o voto útil já era fomentado pelo PS, o Bloco de Esquerda, em vez de se concentrar unicamente no ataque ao governo que tem feito coisas terríveis ao Estado Social, muitas vezes desvia as atenções para a direita.

E, a somar a isto, juntam-se alguns actos políticos falhados do Bloco que, na perspectiva do eleitor de centro-esquerda, não são vistos positivamente: presidenciais, moção de censura ou não reunião com a troika.

O insucesso do Bloco, a dar-se, ficará a dever-se única e exclusivamente à estratégia do partido nos últimos seis meses. E terá que haver uma reflexão profunda dentro do partido pois este seria um tempo de oportunidade para um grande resultado eleitoral.

maio 25, 2011

F.C. Perfeito

Há oito anos atrás, pensava eu que tinha vivido a melhor época de sempre enquanto adepto do FCPorto. Era a primeira final europeia que assistia - e logo com vitória - e era sobretudo um percurso futebolístico de grande qualidade. Porém, oito anos depois tenho que rever os meus conceitos de perfeição no futebol.

Uma época perfeita é isto:

- ganhar a Supertaça contra o maior rival sem contestação e quando todos atribuíam o favoritismo ao Benfica;

- brindar o adversário directo com 5-0 em casa, numa exibição memorável;

- ser campeão no Estádio da Luz com uma vitória e, para melhorar o cenário, os funcionários do clube rival, cheios de azia, ligarem a rega e desligarem a luz;

- eliminar na meia-final da Taça de Portugal o maior rival numa eliminatória com dois jogos, depois de perder o primeiro em casa por 0-2 e depois ir a Lisboa, noutra grande exibição, ganhar por 3-1.

- chegar à final da Liga Europa com várias goleadas à mistura, eliminando adversários muito fortes como o Sevilla, o CSKA de Moscovo ou o Villareal;

- acabar o campeonato sem derrotas - apenas 3 empates - e com a maior distância pontual de sempre.

- vencer a Liga Europa contra o Braga, com um golo de Falcao, o melhor marcador de sempre numa competição da UEFA numa temporada;

- vencer a Taça de Portugal por uns esclarecedores 6-2 frente ao Guimarães.

Superar isto será dificílimo. Quem sabe se daqui a oito anos estou aqui a reescrever a perfeição.

Obrigado, Villas-Boas.

Paulo Portas e os partidos da esquerda




Um dos erros mais evidentes que os dois partidos de esquerda estão a cometer nesta campanha eleitoral é incluir Paulo Portas e o CDS no lote dos inimigos. Bem sei que Portas assinou o acordo da troika, bem sei que até já foi ministro - por pouco tempo - e com péssimos resultados, e também sei que o CDS, de vez em quando, foi aprovando Orçamentos junto com o centrão.



Porém, diabolizar o CDS-PP, incluíndo-o no bloco central de interesses que tem governado este país revela, para o eleitor comum, uma atitude muito pouco louvável por parte de Bloco e PCP: apenas dá a impressão que estes dois partidos são mesmo contra tudo e todos.



A crítica feroz ao PS e ao PSD compreende-se perfeitamente. E até se compreende que Louçã, por exemplo, tenha atacado Paulo Portas no debate que teve com o líder do CDS. Estava à sua frente, só tinha que o fazer. Mas insistir em todo o lado - cartazes, tempos de antena, discursos, pequenas intervenções na TV - na inclusão do CDS como responsável pela situação a que chegámos é ir demasiado longe. O eleitorado fiel do Bloco e da CDU percebem a mensagem. O problema são os restantes eleitores indecisos.


maio 23, 2011

Sondagens

Para quando a proibição da divulgação de sondagens em período de campanha eleitoral?

maio 17, 2011

Os debates

Pouco têm acrescentado os debates das legislativas de 2011. Vamos a meio e nada de extraordinário aconteceu.

Sócrates tem repetido o guião de 2009. Contra Louçã e Jerónimo bastou ler os programas dos respectivos partidos e encostá-los ao extremo para que, aos olhos da maior parte do eleitorado, PCP e Bloco soassem como irrealistas e irresponsáveis. Os líderes da esquerda, mais uma vez, não souberam dar a volta ao texto e perderam nos seus debates a oportunidade de "bater" Sócrates. Este, contra Paulo Portas, teve o melhor momento dos debates até agora ao mostrar uma pasta vazia simbolizando o programa do CDS-PP. Portas ficou embaraçado e, na tentativa de ganhar pontos ao primeiro-ministro, teve demasiado postura de Estado. Sócrates tem tudo ensaiado para o debate final.

Já Passos Coelho, frente a Portas e Jerónimo, revelou uma fragilidade enorme. Então frente ao líder do CDS deixou que o adversário parecesse o líder da oposição. O presidente do PSD tem agora dois debates para entrar na campanha eleitoral em forma e por cima. O problema é que Louçã e Sócrates têm muita rodagem neste tipo de debates e Passos Coelho, a cada dia que passa, revela muita inexperiência.


maio 13, 2011

Catroga


Depois de Miguel Relvas, o PSD apostou em Catroga para papagaio. E se Miguel Relvas se tornou insuportável rapidamente - mas apenas por azelhice - o velho Catroga está a arruinar Passos Coelho e o partido.

E não me refiro apenas ao caso dos "pentelhos" - uma gaffe irracional mas sem grande importância. O problema é a constante permanência de Catroga nos meios de comunicação social, levando a disparates atrás de disparates. O mais grave foi a comparação entre Sócrates e Hitler, mostrando todo o ódio que bruta nas mentes dos homens do PSD. E depois há as constantes contradições económicas entre o discurso do líder e as declarações de Catroga.

O antigo ministro das finanças queixava-se ontem a Judite de Sousa que era difícil lutar contra a máquina de propaganda de Sócrates e do PS. O problema é que Catroga já deu, nos últimos cinco dias, mais de uma dezena de entrevistas e está, literalmente, em todo o lado. O que quer mais este dinossauro?

maio 10, 2011

Portas e a ideologia


A certa altura do debate entre José Sócrates e Paulo Portas, o líder do CDS-PP disse o seguinte: "eu nunca participei nesse debate ideológico sobre o pedido de ajuda externa".

Mas alguém conhece um debate ideológico em que Paulo Portas tenha participado? Um político que, nos últimos dez anos, já foi de tudo politicamente, um político que tem uma arte até superior a José Sócrates em fazer o contrário do que andou a apregoar tempos antes.

Paulo Portas não tem ideologia. Gosta do poder e só lhe interessa chegar lá, fazendo de tudo para o conseguir, principalmente desmentir-se.

Parece que ele tem o sonho de escrever guiões para filmes de cinema. De facto, politicamente a ficção é com ele. Os personagens encarnados pelo líder do CDS ao longo dos tempos são muitos.

Em jogo

O que está em jogo no dia 5 de Junho é muito simples. Aqui segue um breve resumo sobre o significado de cada voto nas próximas legislativas:

Votar PS significa votar na continuidade; votar em Sócrates; votar no FMI; votar contra toda a oposição; votar nas mentiras sucessivas de Sócrates; votar num projecto sem rumo; votar num partido e num primeiro-ministro que colocam o interesse pessoal à frente do interesse nacional; votar no marketing; votar em José Lello, Ricardo Rodrigues, Santos Silva e companhia.

Votar PSD significa votar na mudança da continuidade; votar no FMI; votar numa agenda reformista sem ter em consideração as pessoas; votar contra Sócrates; votar contra o Estado como principal agente económico; votar nos empresários e gestores; votar em Fernando Nobre, Mendes Bota, Miguel Relvas, Marco António Costa e companhia.

Votar CDS-PP significa votar em Paulo Portas; votar contra o PSD; votar contra o PS; votar no FMI; votar numa oposição eficaz, credível mas demagógica; votar contra o liberalismo económico; votar na agricultura; votar numa bengala da continuidade.

Votar Bloco de Esquerda significa votar contra o PS; contra o FMI; votar contra o PSD; votar contra a continuidade; votar no Estado como principal agente económico do país; votar contra uma solução governativa; votar contra a precariedade; votar contra as desigualdades económicas e sociais; votar contra as grandes fortunas e grandes interesses económicos.

Votar PCP significa votar contra o PS; votar contra o FMI; votar contra a continuidade; votar nos trabalhadores e nos sindicatos; votar contra a continuidade, votar contras as desigualdades económicas e sociais; votar na agricultura; votar contra os grandes interesses económicos; votar no Estado como principal agente económico do país.

Votar noutro partido significa votar contra os cinco partidos parlamentares; contra o sistema.

Votar em branco ou nulo significa votar contra o sistema; contra os políticos; contra o FMI.

maio 09, 2011

Plebiscito

Passos Coelho afirmou que as próximas eleições seriam um plebiscito à governação socrática e socialista dos últimos seis anos. Por muito que seja isso que lhe vá na alma, Passos Coelho esquece-se de um pormenor: em 2009, nas legislativas que Ferreira Leite perdeu, a anterior líder do PSD também transformou esse acto eleitoral num plebiscito a Sócrates com o resultado que se conhece.

maio 07, 2011

Loucura mediática

Estamos num período em que os personagens políticos aparecem a toda a hora, televisão adentro. Sejam os debates, as habituais notícias de telejornal sem qualquer conteúdo ou até idas a programas de entretenimento. A juntar à loucura mediática que se gerou à volta da troika, desde Março que andamos a ouvir constantemente a mesma coisa, das mesmas pessoas, sem quaisquer novidades. A minha única dúvida é a seguinte: aguentará o país até 5 de Junho sem se cansar disto? A abstenção o dirá.

maio 04, 2011

Catroga e os seis anos perdidos


Reagir a quente à comunicação de Sócrates sobre o acordo entre o Governo e a troika não era tarefa fácil. Passado nem um minuto, o PSD estava pronto para responder à letra. E quem foi o escolhido? Eduardo Catroga, esse dinossauro que Passos Coelho foi buscar ao baú da São Caetano há uns meses atrás. Não se percebeu nada do que o homem quis dizer, arfava como se tivesse acabado de correr a maratona e recolheu todos os louros da vitória (?) para si.


Enfim, uma comunicação confrangedora. Quando se pedia uma resposta à altura de Sócrates - que, mais uma vez, voltou a conseguir dar a volta à mensagem que tinha que passar ao país - o maior partido da oposição faz uma declaração sem nexo, com um comunicador coxo.


Catroga, nessa declaração, lembrou – e muito bem – que foi este governo que nos levou à bancarrota, que foram estes seis anos de governo que deviam ser castigados. E os seis anos de oposição do PSD, que resultaram num enorme vazio político, também não deveriam ser severamente punidos?

maio 03, 2011

Alternativa

Com o passar do tempo, Passos Coelho e o PSD não convencem ninguém. Se Ferreira Leite deveria ter ganho de forma fácil as últimas legislativas e só não o fez porque se rodeou de gente incapaz de perceber o país - Pacheco Pereira - o actual líder do maior partido da oposição também não sabe que estratégia adoptar para vencer claramente o Partido Socialista e tem à sua volta gente tremendamente incapaz como Miguel Relvas, Leite Campos, Carlos Moedas, Mendes Bota ou Marco António.

Os eleitores continuam sem conhecer o programa do PSD e isto representa duas coisas. Em primeiro lugar, a falta de preparação da actual equipa da São Caetano à Lapa. Numa altura de crise como esta seria importantíssimo o PSD mostrar que é, de facto, uma alternativa, não bastando pedir oportunidades ou caluniar o actual primeiro-ministro. É necessário mostrar que se é uma alternativa com um rumo bem definido. Isto é apenas um erro de estratégia do PSD.

A segunda coisa, e esta é bem mais grave, que nos mostra a ausência de programa político de Passos Coelho e companhia é a hipocrisia e o medo destes senhores. Se bem se lembram, a tropa liberal de Passos Coelho já foi a votos no seu partido e ganhou as eleições directas com um programa bem claro. Já enquanto líder do PSD, Passos Coelho escreveu um livro intitulado "Mudar" em que apresentava as suas propostas ao país. A colaboração com o Mais Sociedade produziu alguns resultados. Foram noticiados diversos encontros com muitas figuras ligadas à sociedade civil e não só que, segundo os relatos, serviram para recolher importantes dados e propostas para o país. Mas então o que prende Passos Coelho? Porque é que Catroga demora tanto a apresentar o tal programa de governo que anda a cozinhar vai para aí há cinco meses?

A resposta é muito simples: Passos Coelho e o PSD têm medo. Medo porque sabem que as suas propostas, as suas convicções não durariam dois dias na praça pública. Tal como aconteceu com a célebre revisão constitucional, Passos Coelho quer amenizar ao máximo as suas propostas e está convenientemente à espera que a troika internacional surja com um plano. A partir daí será fazer uma cópia quase fiel, escudando-se na inevitabilidade destes tempos de crise.

É indiscutível que há um cansaço político em relação a José Sócrates. E muitos dos seus detractores acusam-no, e com razão, de não falar verdade aos portugueses. Mas será que esta oposição por parte do PSD merece sequer chegar a ser governo quando antes de lá chegar mente descaradamente e não tem a mínima coragem para enfrentar os desafios actuais?

Quem está a ganhar com isto é Paulo Portas que, há uns meses atrás durante o plebiscito no seu partido, lançou um repto ao PSD para os dois partidos da direita irem coligados nestas eleições. Passos Coelho rejeitou a ideia e agora está a começar a colher os frutos. Descida nas sondagens, perigo até de não ganhar as eleições e um maior poder de Paulo Portas num futuro governo, super legitimado pelo voto. Falta um mês para as eleições e o PSD terá que se mexer depressa - e bem - se quiser, no mínimo, ganhar as legislativas. Tem feito tudo para que isso não aconteça.