Na primeira semana de 2012, há quatro notícias que espelham bem a realidade do país.
1- A ida da Jerónimo Martins para a Holanda. Imitando as grandes empresas portuguesas, a empresa de Soares dos Santos fugiu para os Países Baixos à procura de melhores condições fiscais. Nada contra não fosse o seu presidente Alexandre um dos "senadores" que inundou a opinião pública portuguesa com dezenas de intervenções apelando ao trabalho, união e empenho dos portugueses para ultrapassar a crise. Ele, como a maioria dos que a toda a hora debitam disparates nos media, mostrou de que fibra é feito. Não é ilegal a acção da Jerónimo Martins mas é carregada de imoralidade dado o passado recente. E são criaturas assim que os media gostam de ouvir atentamente sobre o país. Espero que Barreto imigre juntamente com o patrão.
2- A Maçonaria. Deputados, empresários, directores de jornais, membros de serviços secretos, directores de empresas. Tudo isto junto numa sociedade secreta da qual pouco se sabe. O que tem vindo a lume é uma perigosa teia de relações entre os seus membros com todas as consequências que isto tem para a democracia.
3- Um estudo revela que, de todos os países onde está a ser aplicada austeridade no combate à crise, Portugal é aquele que tem medidas mais gravosas para as classes mais pobres. A justificação deve ser a do costume: não se pode taxar os mais ricos porque senão eles fogem. Mas espera aí, eles já não fugiram todos na mesma?
4- Depois da privatização da EDP, Catroga será o novo chairman da empresa controlada pelo estado chinês. O homem dos pintelhos e da foto do telemóvel, que no primeiro semestre de 2011 não parou um segundo, tem agora a recompensa depois de tanto esforço. Este era o governo que ia para São Bento não para distribuir tachos pelos amigos, não era?
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