1- As eleições italianas são das mais concorridas na Europa. As taxas de participação andam sempre entre os 70% e os 75%. Mas para domingo receia-se que a taxa de abstenção suba substancialmente.
2- A campanha para as regionais, tal como já disse, têm sido marcadas por temas políticos que dizem respeito ao governo e a Berlusconi. Mas é o próprio partido de Il Cavaliere que incentiva isso mesmo. Ontem passou por mim uma daquelas carrinhas de propaganda eleitoral que dizia simplesmente isto: "Apoia o governo de Berlusconi, vota Faenzi [a candidata do PdL na Toscana]".
3- O Partido Democrático, que terá obrigação de manter quase todas as regiões ganhas em 2005, não consegue marcar a agenda mediática. Vai dizendo que Berlusconi está nervoso e pouco mais. E vai prometendo uma mudança: "Em poucas palavras, uma outra Itália" é o slogan de campanha do Pd. Bersani, o líder, tem nestas regionais o seu primeiro teste eleitoral.
4- Quanto crescerá a Lega Nord de Bossi? Depois dos 10% nas europeias do ano passado, a Lega aposta forte em conseguir bons resultados fora das regiões onde tem a sua implementação. Uma das explicações para o sucesso de Bossi e companhia é a estabilidade: num país onde nos últimos vinte anos tem havido imensas mudanças a nível de partidos, o facto de a Lega ser o partido mais antigo - líder, nome, símbolo - não deve ser desprezado na análise ao seu sucesso eleitoral.
5- Em Itália, nas duas semanas anteriores a actos eleitorais, não há sondagens. Segunda-feira à noite se saberá o que pensam os eleitores.
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