setembro 15, 2009

Pequenos partidos

Enquanto o Federer e o Del Potro se degladiavam em NY, nos intervalos do jogo ia espreitando o debate entre os partidos sem representação parlamentar. E sempre que espreitava a minha vontade era regressar à Eurosport. A maioria deles, quase todos, vociferavam, e bem, contra o sistema partidário português. O problema é que eles também estão incluídos. Com excepção do MEP, todos os outros - todos! - têm um discurso radical e esperam com esse método chegar a algum lado. Dirigem-se ao eleitorado que não vota. Ora, o eleitorado que não vota é tudo menos radical, na sua maioria. Queixam-se que não são ouvidos. Mas será que os eleitores querem ouvir discursos destes?
Carmelinda Pereira: sempre que a ouvi, disse a cada quatro palavras a expressão "os trabalhadores". Radical e monótona.
Garcia Pereira: o mais inteligente mas sem o fulgor doutros tempos e claramente perdido na ideologia que defende. Radical.
Manuel Monteiro: onde é que já vi tanta demagogia assim? Pois, Paulo Portas.
Quartim Graça: representa um movimento interessante que poderá ter uma boa votação. Partido Humanista e Partido da Terra tomaram uma boa decisão, unir-se e tentar capitalizar o maior número de votos. Parece-me dos mais inteligentes dos que ontem estiveram à conversa com a Dona Fátima apesar de já ter sido deputado nesta legislatura e o seu partido não ter beneficiado com isso.
Rui Marques: esperança, blábláblá, esperança, blábláblá, esperança, blábláblá, esperança, esperança. Será que pega? Já duvidei mais mas desta vez não há Laurinda.
Eduardo Correia: continua a bater na tecla que somos o maior país da Europa se contarmos com a Zona Económica Exclusiva. Não há pachorra para este discurso. E agora querem suspender as eleições por não serem ouvidos. Devia era ser proibido pôr um microfone à frente de alguém do MMS.
O tipo do PNR: ...
O tipo do partido que acha que o embrião é o ser mais importante do mundo: o problema é que ainda há pessoas assim.
O tipo do partido dos trabalhadores: um membro do partido dos trabalhadores não pode ir de fato e gravata. Ou pode? De resto, foi o que menos ouvi a falar.
O fadista monárquico: Pois, o tal referendo...As pessoas esquecem-se é que ele nos últimos quatro anos foi deputado. Não o ouvi - na parte que sintonizei - a esclarecer os portugueses do trabalho que fez durante esta legislatura. Tal e qual Quartim Graça que, agora, está noutra coligação.

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