dezembro 10, 2009

PSD

Apostado em manobras políticas pouco eficazes do ponto de vista mediático, o PSD corre o sério risco de se afundar. Com a vitimização do Governo e com a oposição toda a bloquear qualquer iniciativa que promova alguma estabilidade política, o cenário de eleições está à vista. E o PSD está tudo menos preparado para umas novas eleições.
Porquê tanta indefinição sobre o futuro do partido? Já sabemos que a luta de poder dentro do PSD é enorme. As distritais têm muito poder e a direcção nacional está refém das vontades regionais. O próximo líder do partido terá que ser alguém para seis/oito anos, alguém que esteja disposto a ser líder da oposição mas também futuro líder do governo. Caso contrário, o PSD continuará a esfrangalhar-se.
A crise dos partidos europeus acentua-se - basta ver a opinião dos eleitores sobre os agentes políticos. O que eu vou dizer parece uma utopia mas, tal é o estado de calamidade do PSD, que talvez não seria uma má altura para pensar em reformular todo o esquema de eleição do líder. As directas têm provado que não são uma alternativa sólida e o antigo sistema de eleição por delegados está ultrapassado. Solução? Eleição do candidato a primeiro-ministro independente da eleição do líder, passando este último a ter funções diferentes. Utópico, eu sei, mas se é para continuar como está daqui a uns anos não se queixem.

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