Faltando a confirmação oficial da candidatura de Cavaco - a oficiosa tem sido visível e audível nos últimos meses, com especial incidência em Abril, Maio e Junho onde o presidente andou em todo o lado a dizer as banalidades do costume - parece que está tudo a postos para a corrida a Belém. Soam ecos de uma outra candidatura à direita mas hoje o jornal Expresso já tratou de sossegar as correntes católicas e conservadoras da direita. Portanto, Cavaco tem dois objectivos para a campanha: i) mobilizar os seus eleitores ao máximo para resolver a questão à primeira volta; ii) convencer o seu eleitorado mais os indecisos - haverá alguns - de que fez um bom mandato. Uma tarefa complicada principalmente porque será fortemente atacado pelos seus adversários.
Assim, Alegre e Lopes irão ter uma estratégia comum que passará pelo ataque a Cavaco. Porém, ambos têm outras questões para resolver. O primeiro terá que lidar com o duplo apoio PS-Bloco e com a insatisfação do eleitorado socialista com a sua postura nos últimos anos perante o partido, enquanto Francisco Lopes vai ter um osso duro de roer em mobilizar todo o eleitorado comunista devido à sua fraca personalidade - e já antevendo que não irá buscar votos à esquerda fora do PCP, o que era perfeitamente possível com outro candidato.
Já Nobre, o candidato que poderá tirar mais votos ao eleitorado de Cavaco, tem que contar com uma boa campanha para mobilizar abstensionistas e mesmo outros eleitores à esquerda e à direita. O facto de não ser político e ter o currículo que tem são pontos fortes deste candidato. Cavaco deve-se preocupar mais com ele do que com Alegre.
Falta um candidato, Defensor Moura. Se tudo correr bem, será irrevelante para a campanha e resultados finais. Mesmo assim, é um homem com prestígio na zona norte do país e um defensor acérrimo da regionalização. O mediatismo que tiver na comunicação social será fundamental para chegar, por exemplo, aos 5% de votos.
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