dezembro 26, 2009

Prenda

Depois do fantástico concerto, tenho agora o belíssimo DVD (e CD e livro) de Três Cantos. O espectáculo do ano.

Presidente

A "guerra institucional" entre Belém e São Bento são apenas manobras de táctica política, quer por parte do gabinete do 1ºministro, quer por parte da presidência da república. Tudo isto deixaria de existir caso o presidente da república só pudesse ser eleito por um mandato de 5/6 anos, e não por dois seguidos de 5 anos. Toda a postura de Cavaco ao longo dos últimos meses tem como objectivo as eleições de 2011. Se o cargo de presidente da república em Portugal já tem muito pouco utilidade política, a possibilidade de renovação de mandato consecutivo faz com que o primeiro mandato do presidente seja muito mais táctico que o segundo. Veja-se o caso de Sampaio. Acham que ele teria dissolvido a Assembleia num primeiro mandato? Nunca.
Não sei até que ponto esta ideia de apenas um mandato foi discutida na sociedade portuguesa aquando da elaboração da Constituição - é apenas uma questão de pesquisar. Mas uma coisa estou certo: se é para manter este cargo de presidente como está, do qual eu sou um feroz opositor, pelo menos retirem a possibilidade de renovação de mandato - o único mandato que passaria a exercer seria muito mais verdadeiro do que o actual primeiro. Agora, ouvir da boca do presidente ou doutros agentes políticos que o chefe de estado não é uma "personagem" política dá-me vontade de rir perante todo o calculismo político de Cavaco, de Sampaio ou até de Soares.

dezembro 24, 2009

Bom Natal

Chico, pois claro.

dezembro 23, 2009

Entretenimento

Os protagonistas políticos andam muito entretidos com as suas tácticas políticas. Ora é o PS a armar-se em vítima, atacando tudo e todos. Ora são os partidos da oposição armando-se em vítimas, atacando o PS por atacar a Oposição. O que vale é que os portugueses andam entretidos com o Natal e a televisão com o mau tempo. Até quando?

Schumi

Depois disto, o campeonato de 2010 tem tudo para ser o melhor de sempre. Alonso e Massa na Ferrari, Hamilton e Button na McLaren, Schumi e Rosberg na Mercedes e não esquecer Vettel e Weber na Red Bull. Minha nossa, vai ser lindo.

dezembro 22, 2009

Eu

Desafiado pelo Filipe Moura cá estão as minhas cinco frases. Optei por uma onda musical, tal como o Filipe, já que ele "adivinhou" que a minha resposta seria parecida. Uma das frases tinha que ser muito parecida, não podia ser de outra forma. E vão conferir as dele que são maravilhosas. Basta meter Caetano, Lenine ou Noel Rosa.

Eu quero a prenda imensa dos carinhos teus.

Eu nunca sonhei com você, nunca fui ao cinema, não gosto de samba, não vou a Ipanema, não gosto de chuva, nem gosto de sol.

Eu sonho fazer um dueto com o Chico Buarque.
(passo a corrente ao Pedro Barbosa, ao André Matos e ao Dinis; relembro: cinco frases começadas por eu já, eu quero, eu nunca, eu sei e eu sonho)

Disciplinas

Uma medida bem sensata e necessária. Apesar de "a carga horária se manter". Veremos no que isto dá.

dezembro 19, 2009

Amor

Guardiola.

dezembro 16, 2009

Red Bull

As corridas de aviões da Red Bull não me aquecem nem me arrefecem. Mas acho inacreditável que o único espectáculo de massas com sucesso fora da capital vá a correr para Lisboa, cidade à qual milhares de portugueses, várias vezes ao ano, vão para assistir a diversos espectáculos do género - sejam concertos, peças de teatro, exposições, etc. Uma grande resposta dos portugueses seria boicotarem quer o produto, quer a prova. Contudo, estou a apostar que daqui a um ano se assistirá a uma afluência de massas de portugueses de vários pontos do país, principalmente do Norte.

dezembro 13, 2009

5 anos


Fez ontem cinco anos.

dezembro 10, 2009

PSD

Apostado em manobras políticas pouco eficazes do ponto de vista mediático, o PSD corre o sério risco de se afundar. Com a vitimização do Governo e com a oposição toda a bloquear qualquer iniciativa que promova alguma estabilidade política, o cenário de eleições está à vista. E o PSD está tudo menos preparado para umas novas eleições.
Porquê tanta indefinição sobre o futuro do partido? Já sabemos que a luta de poder dentro do PSD é enorme. As distritais têm muito poder e a direcção nacional está refém das vontades regionais. O próximo líder do partido terá que ser alguém para seis/oito anos, alguém que esteja disposto a ser líder da oposição mas também futuro líder do governo. Caso contrário, o PSD continuará a esfrangalhar-se.
A crise dos partidos europeus acentua-se - basta ver a opinião dos eleitores sobre os agentes políticos. O que eu vou dizer parece uma utopia mas, tal é o estado de calamidade do PSD, que talvez não seria uma má altura para pensar em reformular todo o esquema de eleição do líder. As directas têm provado que não são uma alternativa sólida e o antigo sistema de eleição por delegados está ultrapassado. Solução? Eleição do candidato a primeiro-ministro independente da eleição do líder, passando este último a ter funções diferentes. Utópico, eu sei, mas se é para continuar como está daqui a uns anos não se queixem.

Gila

dezembro 07, 2009

Isilda

Isilda Pegado, presidente da federação portuguesa pela vida, escreve hoje um artigo de opinião no Público, defendendo a realização de um referendo à legalização do casamento homossexual. O artigo começa da melhor maneira: "O debate está lançado. Queremos que o casamento possa ser celebrado por pessoas do mesmo sexo? Queremos modificar os pressupostos do casamento? O casamento pode ser celebrado por pessoas de 14 anos? E de 10 anos? O casamento civil pode ser indissolúvel?". Apeteceu-me vomitar e seguir em frente na leitura do jornal mas decidi continuar.
O principal argumento a favor da realização do referendo é a questão do consenso social: "Quem diz o que já tem consenso social? Como se identifica esse consenso? Ou há um grupo que impõe a sua visão à sociedade? O instrumento mais fiável para essas respostas é de facto o referendo. Aí saberemos o que quer o povo". Mas quando o povo quis a liberalização do aborto, o que escreveu a senhora Isilda? Isto. E, dois dias a seguir ao mesmo referendo, o que disse a senhora Isilda? Que já estaria a preparar um novo referendo. Não há pachorra.

Flu

Mas o Fluminense também tem razões para festejar: conseguiu a manutenção. Por isso aqui fica Ciro Monteiro, que era um grande mengão, cantando uma deliciosa música do Chico, uma das minhas preferidas. A história, ouçam-na da boca de Ciro Monteiro.

ps: esta história está no novo livro que saiu a semana passada sobre as músicas do Chico. "Histórias de Canções", de Wagner Homem.

Fla

Eu até nem simpatizo muito com o Flamengo - prefiro o Flu do Chico - mas não se pode ficar indiferente quando o maior clube do Brasil ganha o Brasileirão 17 anos depois. Houe baile no Maracanã, como canta o João Nogueira neste belo samba.

dezembro 06, 2009

Fidel

Regina Casé maravilhosa no filme "Cinema Falado" de Caetano Veloso que esteve ontem na Cinemateca para falar (e ver) sobre o filme que realizou em 1986.

dezembro 05, 2009

Berlusconi


O "No Berlusconi Day" - movimento iniciado no Facebook - teve muito pouca adesão em Portugal, principalmente comparado com as manfestações de Paris, Barcelona ou Londres, já para não falar de Roma. A julgar pela manifestação em Lisboa, no Largo Camões a meio da tarde eram principalmente os estudantes Eramus que se ouviam, no meio do rufar de uns tambores que marcavam o ritmo. Eu, claro, juntei-me a eles por um pouco. Foi quase uma espécie de estágio. A partir de Fevereiro gritarei em plena Itália contra Berlusconi.

Exemplo

A Espanha voltou a ganhar a Taça Davis em ténis. Só nesta década foram cinco as finais e quatro as vitórias. Chama-se a isto trabalho de fundo. É um grande exemplo para o ténis, e para o desporto em geral, em Portugal.
ps: vitória ontem de Ferrer sobre Stepanek foi decisiva para a conquista da "saladeira". Mas esta edição da Taça Davis fica marcada pela grande vitória do checo na meia-final contra o croata Karlovic, num jogo a cinco sets, com seis horas de duração, em que Stepanek ganhou o jogo mesmo tendo "levado" com 62 aces.

dezembro 03, 2009

Veja - ou o retrato do Brasil

Lendo a revista Veja da semana passada, fica-se a perceber muito sobre a população brasileira e sobre os seus interesses, nomeadamente sobre a nova classe média que tanto se fala. Não, não vem lá nenhuma reportagem sobre o tema. A minha conclusão deriva da publicidade da revista.
Num total de 196 páginas, 138 (!!!!) são de publicidade. Ou seja, cerca de 70% da revista são páginas inteiras de publicidade. Isto é um absurdo. Mas não são estes números que nos dão a percepção do comportamento dos cidadãos, é sim o conteúdo da publicidade. 3o dos 138 anúncios são a carros. E não são carros topo de gama, são os chamados utilitários das marcas "médias": Fiat, Ford, Hyundai, Kia ou Opel. 15% da publicidade diz respeito a carros, uma indústria que, a julgar pela publicidade, tem tudo para crescer. Basta comparar a publicidade a automóveis em Portugal e ver os números desta indústria aqui no nosso país.
E o resto da publicidade, diz respeito a quê? A muita coisa, desde perfumes ou relógios, até agências de viagens. Mas a fatia mais importante da publicidade desta revista são as novas tecnologias. São 16 anúncios a telemóveis, computadores ou electrodomésticos.
Para concluir, dizer que em relação à publicidade em Portugal o que se nota é a falta de agências de comunicações e bancos. Nesta edição da revista Veja, apenas existem três anúncios (discretos) a bancos e um (contracapa) a uma rede de telecomunicações.
(nota: não é com uma revista que se pode deduzir o que quer que seja. Mas achei interessante partilhar estes dados)

Jorge Lopes

Morreu o melhor jornalista desportivo da RTP. Já tinha feito muita falta em Berlim, em Agosto, agora será muito pior. O que vale é que ainda há Luis Lopes, mas apenas para quem tem tv por cabo.

Davydenko


Ganhou o Masters deste ano, o seu primeiro grande título da carreira. Se tivesse aparecido há quinze anos atrás teria chegado a número 1. Tal como Hewitt, Safin, Ferrero, Moya, entre outros tenistas bons que chegaram ao topo da hierarquia do ténis. O azar do russo - e de Djokovic e Murray, já agora - é que tem que lidar com Federer e Nadal (por quanto tempo?). Sendo impossível o número 1, o russo, com este final de época e se as lesões não o impedirem de estar ao melhor nível, vai estar certamente na luta pelos Grand Slams de 2010. E atento aos trambolhões, cada vez mais frequentes, de Federer e Nadal.

dezembro 02, 2009

Cimeira

A Cimeira Ibero-Americana acabou. Nos media falou-se das Honduras, de inovação e conhecimento, da importância do Brasil - nem que seja uma vez no ano! - e falou-se de Chávez. Que não veio, que não queria estar com Uribe. Esqueceram-se foi de dizer que Huguito anda muito caladito porque tem o seu quintal mergulhado numa crise económica. Pois, quando o petróleo acaba é mais difícil sustentar aquela gente. Por isso, Chávez não veio, da mesma forma que anda bastante desaparecido nas últimas semanas. Este ano não lhe dava jeito.