Nos últimos dias, à semelhança do que aconteceu no primeiro semestre deste ano, surgiram novos alertas em relação à economia e finanças portuguesas. Nova Grécia, intervenção do FMI, alarmes por todo o lado. Parece que, de facto, a coisa está preta. Mas ninguém quer resolver já que o país político está parado desde o início do ano 2009.
O calculismo eleitoral está em toda a parte - governo, oposição e presidente - e ninguém tem coragem para tomar decisões. O governo vai cumprindo serviços mínimos, com alguns ministérios parados, outros enfrentando problemas ocasionais. A oposição vai contestando as políticas do governo sem mostrar grande alternativa, principalmente o PSD que se amarrou à revisão constitucional e a umas ameaças de não aprovação do Orçamento. BE, PCP e CDS vão fazendo o seu trabalho mas sempre com a calculadora na mão - o primeiro só agora é que está a recuperar do facto de o resultado das legislativas não lhe ter a possibilidade de condicionar o governo, Paulo Portas e companhia vão berrando para tentar manter o óptimo resultado do ano passado, sem se comprometerem demasiado com o governo de forma a que, numas próximas eleições, sejam a muleta necessária de Passos Coelho e do PSD.
Por fim, o presidente já anda em campanha há muito tempo, ou seja, tudo o que possa beliscar a imagem de Cavaco para Janeiro não sai de Belém.
E é assim: temos o país parado politicamente.
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