Depois de meses e meses em campanha eleitoral pelo país fora, Cavaco anunciou a sua recandidatura presidencial "depois de muita reflexão". Num discurso auto-elogioso em que tentou mostrar que tem sido um óptimo presidente e que se não fosse ele estaríamos bem pior - gargalhada geral - lançou o sound bite necessário para as reportagens na comunicação social: o presidente, muito preocupado com as finanças do país, não vai ter outdoors e vai gastar apenas metade do que a lei permite. Depressa se multiplicaram as notícias evidenciando o "poupado e rigoroso" candidato, sem realçar que outros já tinham tido idênticas posturas, seja em relação aos cartazes, seja em termos de dinheiro gasto na campanha. Enfim, cada um engole o que quer.
Cavaco, ao optar por este discurso, não engana ninguém: não tem nada a apresentar de novo ao país - basta ouvir os seus apoiantes, que apenas dizem que é um garante de estabilidade - e, por isso, confortavelmente instalado em Belém e com todas as regalias que isso traz, vai mostrando o papel de conscencioso com a situação financeira. Há cinco anos apareceu na campanha como um garante contra a crise económica. Nada de novo portanto.
Ontem, o primeiro episódio da pré-campanha oficial cavaquista. Convocou os jornalistas para a sede de campanha para depois não dar uma única palavra àqueles. Querem melhor prova da esperteza saloia que vinga nas hostes de Cavaco?
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