outubro 10, 2011

As eleições na Madeira

O acto de eleitoral de ontem resume-se facilmente assim.

João Jardim e seus companheiros conseguiram renovar a maioria absoluta habitual mas com o pior resultado da sua história, o que apenas significa um aviso pequenino - a forma de governar será igual, agora com menos dinheiro mas com outras artimanhas. Daqui a 4 anos analisaremos mais uma maioria absoluta do PSD.

O CDS-PP conseguiu o resultado perfeito: ficar em segundo, humilhando o PS, aumentando muito o seu número de deputados e não tirando a maioria a Jardim. Caso isso acontecesse, seriam quatro anos extremamente difíceis de gerir. O seu presidente, apesar do bom trabalho, já anunciou que renuncia ao mandato regional para ficar em Lisboa. É tão bonito quando vemos o amor à causa regional morrer em menos de vinte e quatro horas.

O PS vai-se afundando. Um candidato regional muito fraquinho e um líder nacional que não soube capitalizar o seu estado de graça interno (se é que o teve ou terá alguma vez). Em resumo: um descalabro.

A esquerda, CDU e BE, quase que desaparecem, sobrando apenas um deputado comunista. O Bloco chegou ao ridículo de ser o único partido dos 9 na corrida eleitoral a não ter nenhum mandato. Um ano terrível para Louçã e para o seu partido que, diga-se, na Madeira nunca foi e dificilmente será oposição.

Depois, as sobras. As palhaçadas de José Manuel Coelho que, com um estilo jardinista de fazer campanha, conseguiu três deputados, um deles a filha. Enfim. Nova Democracia, Partido da Terra e Partido dos animais conseguiram, graças ao sistema eleitoral madeirense, um mandato cada e têm uma legislatura para provar aos madeirenses que podem ser representar alguma diferença. Principalmente o PAN, que nas legislativas teve uma votação surpreendente, e que roubou muitos votos ao Bloco. Agora voltou a fazer o mesmo e veremos como é que o seu deputado poderá trazer visibilidade para o partido a nível nacional.


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