setembro 14, 2011

Um líder vazio


O último congresso do PS foi absolutamente vazio. Tanto ao nível das ideias e propostas - zero - como na postura do novo líder. António José Seguro estava a precisar deste congresso para se começar a afirmar no debate político mediático. E o que fez ele? Como bem descreve o Filipe Moura no Esquerda Republicana, um espectáculo mediático de baixo nível nos bastidores das televisões, uma espécie de olhem-que-simpático-que-o-novo-líder-do-PS-é-ao-contrário-do-anterior. E foi este episódio o mais relevante do congresso porque, se olharmos para as suas palavras, o cenário é desolador.

Para quem esteve tanto tempo a preparar-se para ser líder, para quem já tinha ganho as eleições há mais de um mês, para quem prometia uma mudança na forma de fazer política, então este congresso foi a prova que Seguro é um grande flop do Partido Socialista. Não se pode sair de um congresso sem nada de concreto para apresentar ao país. Não se pode eleger o combate à corrupção como grande desígnio e não dar uma pista sobre como o fazer. Não se pode dizer que se vai fazer política nova adoptando todos os tiques e abraçando as mesmas pessoas do passado.

O que fica deste congresso é que o líder do PS é o seguro de vida do governo e da troika.

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