Passos Coelho vai ganhar as eleições. Porém, será uma vitória curta para quem, há pouco menos de um ano, tinha todas as condições para conquistar uma maioria absoluta. O que deitou tudo a perder? Impreparação, contradições entre os seus dirigentes, prestações pouco esclarecedoras nos debates e, acima de tudo, tiros no pé como Fernando Nobre, o tema do aborto ou as contradições entre o discurso do líder e o programa eleitoral.
Passos Coelho ganhará, vai aliar-se com o Paulo Portas e, caso continue a demonstrar a sua tremenda falta de jeito para liderar um partido, a sua liderança do governo será curta. Em primeiro lugar, porque terá que comandar uma coligação e nunca é fácil gerir uma situação destas. Depois, o seu partido não estará unido porque queria uma vitória esmagadora. Por último, os tempos de crise económica e social não darão descanso a Passos Coelho e à sua agenda liberal.
O PSD teve um ano para se preparar para ser governo. Derrubou o executivo de Sócrates quando quis e nem assim vai conseguir uma grande votação – entenda-se, maioria absoluta. É uma vitória mas veremos por quanto tempo.
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