Pouco têm acrescentado os debates das legislativas de 2011. Vamos a meio e nada de extraordinário aconteceu.
Sócrates tem repetido o guião de 2009. Contra Louçã e Jerónimo bastou ler os programas dos respectivos partidos e encostá-los ao extremo para que, aos olhos da maior parte do eleitorado, PCP e Bloco soassem como irrealistas e irresponsáveis. Os líderes da esquerda, mais uma vez, não souberam dar a volta ao texto e perderam nos seus debates a oportunidade de "bater" Sócrates. Este, contra Paulo Portas, teve o melhor momento dos debates até agora ao mostrar uma pasta vazia simbolizando o programa do CDS-PP. Portas ficou embaraçado e, na tentativa de ganhar pontos ao primeiro-ministro, teve demasiado postura de Estado. Sócrates tem tudo ensaiado para o debate final.
Já Passos Coelho, frente a Portas e Jerónimo, revelou uma fragilidade enorme. Então frente ao líder do CDS deixou que o adversário parecesse o líder da oposição. O presidente do PSD tem agora dois debates para entrar na campanha eleitoral em forma e por cima. O problema é que Louçã e Sócrates têm muita rodagem neste tipo de debates e Passos Coelho, a cada dia que passa, revela muita inexperiência.
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