janeiro 13, 2011

A prepotência da Câmara do Porto


Não é novidade nenhuma, é até prática da casa. A Câmara Municipal do Porto utiliza o seu portal na Internet para muita coisa, entre elas enxovalhar quem critica o seu executivo. A última vítima foi Amílcar Correia, responsável pela secção local Porto do jornal Público, que costuma ter uma coluna de opinião. Nesta coluna, é mais do que sabido que o jornalista não morre de amores nem pelo presidente da Câmara, nem pela sua política para a cidade. O que também sabemos muito bem é que o executivo de Rio convive muito mal com a crítica.

A resposta ao jornalista, integrada na secção notícias, é apenas um escorrer de insultos ao próprio, de forma sarcástica, nunca se defendendo daquilo a que a Câmara é acusada. É também a prova de que o Porto, cultural, social e politicamente, está morto. Não é de agora que lemos no site da Câmara Municipal estes ataques gratuitos contra quem critica - legitimamente - o seu executivo. Pior do que isso, os textos publicados no portal, não são assinados, revelando uma cobardia sem limites. Mas o que é mais grave é que não há ninguém que se escandalize e que berre alto contra estas atitudes políticas vergonhosas, mesquinhas e prepotentes.

Nem quero imaginar se algum dia o presidente da Câmara de Lisboa - agora que andam tão amiguinhos - resolve importar este modelo de combate às críticas políticas - no dia a seguir só lhe restaria a demissão. Contudo, o mais engraçado é que Rui Rio chega até a ser bem visto por muitos lisboetas, decerto fora da realidade que é o Porto nos últimos anos. Uma cidade entregue à boa-vontade dos particulares que vão fazendo o que podem e o que não podem já que da Câmara ouve-se sempre o mesmo discurso: "ter as contas em dia".

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