Os cabeças de lista do PS às legislativas de Junho revelam apenas uma coisa: mediocridade. Bem sei que não haveria grande possibilidade de escolha, os nomes designados teriam que representar alguns aliados de Sócrates. Mas o líder do PS quer insistir em mais do mesmo e não mostra ao país que quer mudar, por pouco que seja. A continuidade, segundo Sócrates, é a melhor arma para combater a crise. E só assim se justifica que nomes como Ana Jorge, Vieira da Silva, Helena André, José Junqueiro ou António Serrano sejam indigitados para cabeças de lista, já que se tratam de governantes cuja acção tem sido praticamente nula. Já Pedro Silva Pereira, Fernando Medina e Francisco Assis não surpreendem porque têm sido protagonistas do debate político recente.
A surpresa Basílio Horta também não estranha. A forma como o fundador do CDS tem defendido este governo foi premiada e Sócrates tenta, com este nome, ganhar alguns votos à direita. Já à esquerda, os nomes de Ferro Rodrigues, João Soares ou António José Seguro são trunfos para mostrar ao país que o partido inclui nas suas listas pessoas que não são as mais entusiásticas defensoras da direcção socialista.
Em suma, os vinte e dois cabeças de lista do PS são apenas a continuação dos últimos anos. Se o PSD se renovou - porque também se renova de dois em dois anos - o PS prefere apostar em nomes do passado recente e, quase na sua totalidade, fiéis seguidores do líder Sócrates.
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