abril 22, 2009

Fazer opinião

Aturar quatro anos um governo de maioria absoluta, convenhamos, não é para todos. Como não estamos habituados, cansamo-nos facilmente. Isto para dizer o seguinte: há por aí, nos blogues, nos jornais, nas colunas de opinião e em alguns cafés (poucos, ainda) um óbvio ódio a Sócrates. Principalmente por parte de gente de direita.
Se repararmos nas críticas ao governo por parte de pessoas de esquerda - é só ler os blogues, os jornais - é visível que apenas se apontam defeitos políticos. Há, naturalmente, um grande cansaço, uma grande oposição política por parte deste sector. Mas, ao contrário da direita, não recorrem a campanhas de situacionismo, ou coisas do género.
Já os comentadores de direita, visivelmente irritados por Sócrates ser do PS, atacam tudo e todos, utilizando apenas um critério: o ódio. Um dos maiores exemplos chama-se Pacheco Perreira. Com a sua campanha de situacionismo, Pacheco revela-nos o que sempre foi para o país: nulo. Entretém-se a ver e a ler muita coisa e, com grande capacidade criativa, vê conspiração em tudo. Outro caso é o de Cintra Torres, o "crítico de televisão". A última crónica dele no Público é de tal forma abjecta que é difícil arranjar um adjectivo mais simpático. O Eduardo Pitta, aqui, faz uma boa análise dessa crónica.
Portanto, a estratégia de Cintra Torres e de Pacheco é simples: todos os que critiquem o governo são bons e saudáveis para a democracia. Todos os que defendam as posições do governo devem ser banidos e interditos de dar a sua opinião. Parece estúpido, não é? Pois, mas é assim que estas pessoas (quase todas de direita, insisto) se têm comportado nos últimos tempos. E assim se vai fazendo opinião em Portugal.
ps: Sócrates ao processar alguns jornalistas, principalmente João Miguel Tavares, também caiu no rídiculo.

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