abril 19, 2009

Parvoíces

Marcelo Rebelo de Sousa acabou, há momentos, de proferir a sua missa dominical. Depois de chamar parvo a Mário Soares por este último ter dito que apoiar Durão não era patriota mas nacionalista, Marcelo teve logo a seguir o seu momento parvo. Disse que era pouco concebível, a meio de uma crise, não apoiar o actual presidente da Comissão. Bom, escuso de comentar a parvoíce que é, em si, a ideia do professor. Essa ideia peregrina de que, a meio da tempestade, mudar de timoneiro é pouco prudente, não pega. Mas o que é interessante na parvoíce de Marcelo é que, mesmo tentando arranjar defeitos a Sócrates e virtudes a Manuela Ferreira Leite todos os santos domingos, com esta declaração está a dar o seu apoio a Sócrates. Porque Portugal, tal como a Europa, vive uma crise. E se mudar Durão é pouco concebível, Sócrates e o PS saírem do governo também o seria. Aliás, é precisamente este um dos argumentos mais fortes de Sócrates.

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