Primeiro foram os Deolinda com o seu sucesso musical "Parva que sou". Agora os "Homens da Luta" ganham o festival da canção de forma inesperada e através do voto dos telespectadores, contrariando a tendência dos votos dos júris da RTP (quem são?). E assim, de repente, gera-se à direita (nem tanto) e à esquerda - uma certa esquerda, como diz bem o Filipe Moura na caixa de comentários deste texto - uma revolta incompreensível para com este movimento musical de protesto.
Nos blogues e nas colunas de opinião, muitas vozes "respeitadas" da nossa praça insurgem-se contra as novas músicas de protesto, ora invocando a música dos anos 70 - essa sim, a verdadeira música de protesto! - ora alertando o bom cidadão para não entrar em revoluções, que isto não vai lá com a força da rua nem com cantorias. O ideal, para estas criaturas, é ficar em casa sentadinho, a ver o nosso primeiro de cócoras perante Merkel e os mercados, assistindo placidamente às tricas partidárias de PS, PSD e CDS (os outros são uns irresponsáveis, certo?) que nos levam sistematicamente ao desemprego, à precariedade, enfim, os autores destas músicas e os que as aplaudem são uns chatos, uns anti-democratas - Soares no seu melhor, esse grande vulto democrata, não é? - uns revolucionários, sem ideias na cabeça, que não gostam de políticos nem da política, que querem partir montras de bancos. O melhor mesmo é seguir os conselhos destes homens da opinião "livre" na comunicação social, que eles estão sempre certos, não é? E têm sempre contraditório, não é? Lá isso é (ups!, meti o Sérgio Godinho ao barulho).
ps: onde é que já se viu uns tipos como aqueles ganharem o festival? O melhor seria mandar outra vez o Rui Bandeira, a Anabela ou os Nevada, esses sim verdadeiros representantes do povo português no concurso da eurovisão. E já agora, se não gostam da música dos Homens da Luta, gostam de qual? Havia ali melhor música? Ou as pimbalhadas do costume misturadas com aquele toque techno meio fashion e com versos arrepiantes são melhores para agradar aos senhores da Eurovisão? Alto, esperem lá. Na Eurovisão é o voto do povo que decide. Teremos nova surpresa na Alemanha? Isso, sim, é que seria lindo.
Pedro, nao ouvi a musica nem quero ouvir! Acho que seria desprestigiante e vergonhoso para Portugal levar um "grupo" destes à eurovisão. Isto é comédia e não musica de protesto... eles provavelmente nem acreditam naquilo que dizem, fazem-no para ter graça, para se tornarem conhecidos e para português ver... enfim, o que vale é que no regulamento da eurovisão diz que são proibidas músicas de carácter politico e talvez assim os homens da "luta" sejam excluidos, tal como aconteceu à georgia em 2009. E sim! Prefiro pimbalhada a estes bimbos!
ResponderEliminarDiogo, começas o teu comentário de forma brilhante. Se não ouviste que autoridade tens para dizer o que dizes? O que vale é que há gente esclarecida e que gosta de se informar que vê as coisas, ouve as coisas - inclusivé os discursos do próprio Jel - para, assim, tornar válidas as suas opiniões.
ResponderEliminaroh pedro, eu ate repito o que disse "nao ouvi nem quero ouvir!!" A partir do momento em que sei que esta personagem (e quando digo personagem é mesmo personagem humoristica) apareceu para ter piada num programa de humor e nada tinha que ver com qualquer tipo de atitudes que estão a ter agora, perde logo a credibilidade toda! Até te coloco a duvida: será que o jel acredita mesmo no que diz ou só o diz para continuar a ter graça e para continuar a fazer humor, sendo no entanto uma referencia para os jovens? Bom, e quanto aos discursos do jel, já ouvi muitos e sei que o conheço ha mais tempo do que tu. Vai ao youtube ver os videos do vai tudo abaixo e vê as parvoices que ele comenta com o falancio depois de terminarem "a luta". Na altura ate achava piada ao contexto, que era apenas humoristico, agora que decidiu tornar humor numa personagem de luta a serio acho ainda mais piada, ou entao nao acho piada nenhuma! especialmente quando vai representar o meu país num festival importante.
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