Está mais do que visto: Passos Coelho não consegue cativar o baronato do PSD e todos têm sonhos molhados com Rui Rio, Cavaco incluído. A sua postura na CMPorto é muito elogiada por Lisboa por ter posto "as contas em ordem" e o "Pinto da Costa no lugar". Rio é, de facto, o candidato preferido de muita gente, mesmo de votantes habituais do PS, e há uma vontade grande de tentar conciliar a agenda política para que Passos Coelho nunca chegue a ser 1ºministro. O futuro nos dirá se esses barões conseguirão o que querem mas vamo-nos centrar em Rui Rio.
Ontem, o presidente da CMPorto, lançou uma pequena bomba para dentro do partido: "Se houvesse eleições antecipadas, não haveria uma mudança de regime, mas uma mudança no Governo. Isto é de tal forma grave que uma simples troca de Governo é insuficiente". Rio quer, portanto, mudar muita coisa incluindo o regime. Como? Não sabemos. Quem pensa que Rui Rio é um homem com alguma visão política engana-se redondamente. Dono de um pensamento mesquinho, basta perceber como a cidade do Porto se tem dinamizado. Através da iniciativa privada, sem qualquer ajuda da autarquia que não está ali para dar esmolas a "intelectuais que fazem coisas esquisitas", o Porto tem melhorado na qualidade vida, mas ainda muito longe das possibilidades que pode oferecer. O que Rui Rio tem a oferecer ao país é mais do mesmo, não lhe conhecemos uma única ideia que possa contribuir para a tal "mudança de regime".
Mas o mais curioso é que o presidente da CMPorto teceu estas declarações na apresentação dum ciclo de debates intitulado "Grandes debates do regime". Olha-se para o painel de convidados e só vemos os grandes protagonistas deste regime. Estamos conversados sobre as intenções de Rui Rio, não estamos?
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