outubro 23, 2009

Mulheres no governo

Anda tudo muito entusiasmado com o facto de haver cinco mulheres no governo. É evidente que é uma boa notícia, mas nada mais. Sobre isto, conto-vos uma história.
Estava eu no 11ºano e Sócrates tinha acabado de apresentar o seu primeiro elenco governativo. Apenas duas mulheres, Isabel Pires de Lima e Maria de Lurdes Rodrigues. Nesse mesmo ano tive o azar de ter uma das piores professoras que há, digamos, no mundo. Era de Geografia e ela percebia tanto daquilo como eu de críquete, ou seja, nada. Para além de não dominar a disciplina achava-se muito boa e estava sempre a mandar opiniões sobre tudo. Uns dias depois de se conhecer o novo governo, ela chegou à aula muito furiosa por só haver duas ministras e, acrescentou, tinha a certeza que aquelas iam ser as melhores do governo. Perante tanta idiotice junta não me contive. Disse-lhe que género não significava qualidade, perguntei-lhe se as conhecia - respondeu que não - e que dali a quatro anos lhe iria questionar como avaliava essas ministras. Hoje adorava saber o que pensa ela, por exemplo, de Maria de Lurdes Rodrigues.

4 comentários:

  1. Ups... Se lhe perguntares mesmo, depois diz-me qual foi a resposta dela! ;) Quem sabe o destino não vos junta para me dares o prazer da resposta dela..

    "género não é qualidade" é a frase da semana. Sem dúvida, de acordo. O mérito ganha-se independentemente desse factor.

    Um abraço de Lisboa.

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  2. Por isso é que não devia haver a parva lei das quotas...

    Não é assim que se combatem as desigualdades de género.

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  3. Ahah bela historia Pedro. Ah e como é obvio concordo com os comentarios anteriores... tambem acho a lei das quotas um absurdo! Mas ainda gosto mais de lhe chamar "paridade" LOL

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  4. Meus caros,

    totalmente de acordo com a utilidade da lei das quotas: zero.

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