Esperava-se um debate acesso e assim o foi. Nobre encostou Manuel Alegre às cordas e teve o seu melhor desempenho nos debates. Ajudado pelos temas que iam sendo introduzidos pela moderadora, Nobre conseguiu evidenciar bem as contradições no discurso de Alegre, a responsabilidade política que o candidato apoiado pelo PS e BE tem na situação actual do país e, obviamente, passou a imagem de um homem fora do sistema. Parecia Manuel Alegre em 2006. Chegou mesmo a citar poetas, a provocar Alegre com afirmações sobre Sócrates e Louçã e mandar a farpa da noite: eu sou apenas dono do meu voto e não de dez mil, cem mil ou um milhão de votos".
Manuel Alegre optou por não atacar Nobre, numa postura pouco habitual nele, evidenciando algum nervosismo. Ele sabia que este era o debate em que ia ter mais dificuldade em responder à altura dos ataques do adversário porque, de certa forma, não tinha como o fazer. Foi minimizando danos com algumas boas intervenções - orgulho no seu passado, na importância de unir dois partidos que são inconciliáveis, na defesa do Sistema Nacional de Saúde. Mesmo assim, pouco perante Fernando Nobre que fez um debate muito bom.
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