outubro 13, 2010

PCP e a China


A posição que o PCP tomou em relação ao prémio Nobel da Paz atribuído a um activista chinês não escandaliza ninguém. Só pessoas alheadas da realidade poderiam supor que o PCP viesse sair em defesa de Liu Xiaobo. Porém, a permanência das afinidades políticas entre o partido português e o regime chinês são, a meu ver, completamente aberrantes. Desde logo porque no regime totalitário chinês vigoram inúmeras coisas contra as quais o PCP luta, dizem eles, todos os dias em Portugal. Da liberdade de expressão ao capitalismo, passando pela opressão sobre os trabalhadores e pela ausência de eleições livres e pluripartidárias, a República Popular da China, para além de ter pouca coisa de comunista, caminha a passos largos para ser a próxima potência económica, política e militar do mundo - superando o inimigo do PCP, Estados Unidos. Basta perceber a sua importância no Conselho de Segurança na ONU ou a sua influência em vários países, principalmente africanos, para vermos neste país um inimigo da doutrina do PCP. Mas isto, juntamente com a outra afinidade asiática - Coreia do Norte - serve para ficarmos muito bem elucidados sobre o que aquelas criaturas pensam e desejam.

1 comentário:

  1. De facto essa ligação entre o PCP e a China é completamente ilógica. Mantém-se de um passado partilhado por uma ideologia comum, mas a realidade chinesa actual afasta-se bastante desse partido português. Há uma grande incorência de facto e era preciso que o PCP revisse essas suas posições que danificam a sua integridade enquanto partido político.

    ResponderEliminar

Construções