É difícil criticar o trabalho de Jesualdo a nível táctico. O seu 4-3-3 é dos melhores que já vi. Com um lateral muito ofensivo, um trinco bem posicionado à frente dos centrais, sem número 10 dando total liberdade aos três homens da frente mas também, à vez, a um dos médios para entrar em zonas de finalização, na maior parte das vezes era Meireles. O problema táctico de Jesualdo é não ter um sistema táctico substituto. Mesmo que quisesse manter o 4-3-3, Jesualdo não pode pôr Bollati no lugar de Paulo Assunção - como muitas vezes fez, sem sucesso - exigindo ao primeiro que jogue como o segundo quando os dois têm características muito diferentes. O mesmo se passou com Tomás Costa no último ano. Jesualdo, quando faltava Lucho, tentava fazer de Tomás um Lucho careca quando Tomás não tem nem a precisão de passe, nem a experiência, nem a qualidade de pensar o jogo de Lucho. Os únicos jogos em Tomás Costa jogou bem foi a falso extremo direito, na Luz e em Alvalade. Num possível 4-4-2, Tomás encaixaria muito bem no lado direito do meio-campo.
Portanto, apesar de ser muito bom o seu 4-3-3, Jesualdo apresenta deficiência quando têm que gerir o plantel pois não tem um sistema alternativo. E é sobre gestão de plantel que me vou debruçar, para a semana, em mais um texto sobre os defeitos de Jesualdo.
Embora partilhe da tua opinião, acho que o Jesualdo está a tentar combater esse ponto fraco nesta época. Com as contratações de Valeri (um médio esquerdo), Belluschi (um nº 10) e com uma maior aposta em Tomás Costa e Guarin e um eventual recuo de Mariano talvez vejamos o F.C.Porto a jogar em 4-4-2 algumas vezes esta época.
ResponderEliminarEu espero bem que tenhas razão. ;)
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