julho 28, 2009

Tour de France 2009 - rescaldo

(fotografia retirada daqui onde há mais 39 espectaculares fotografias do Tour 2009. Via Arrastão)


Neste Tour de France houve vários protagonistas.

Alberto Contador: o melhor ciclista da actualidade tem todas as condições para bater o record de Armstrong. Quer pela sua qualidade, quer pela concorrência que está a anos luz do espanhol. Nas etapas de montanha não claudicou uma única vez, mostrou sempre ser o mais forte e, se quisesse, tinha deixado a concorrência com mais de oito minutos para trás, como nos tempos de Armstrong. A forma como monta a bicicleta nas inclinações é, de facto, uma obra de arte.

Lance Armstrong: no seu regresso após mais de três anos de ausência de qualquer prática desportiva foi o que animou o Tour. Caso contrário não teria havido tanta emoçãó e tanto destaque dado a este Tour. Contador, por muito que diga que nunca admirou Lance, tem que agradecer o facto de ter brilhado mais por ter lá estado Lance. O norte-americano fez um super Tour já que ficar em terceiro lugar nestas condições e com uma concorrência forte não é para qualquer um. Já prepara o regresso em 2010 e aí poderá estar mais forte do que agora. A experiência de Lance viu-se em várias etapas. É um senhor do desporto mundial.

Mark Cavendish: os sprints são sempre desvalorizados nestas grandes Voltas porque elas não são desenhadas para eles. Mas, mesmo assim, há oportunidades para eles brilharem. E o melhor sprinter da actualidade chama-se Mark Cavendish. O homem da Ilha de Man vai tornar-se, seguramente, no melhor sprinter de sempre e, enquanto acumulará vitórias no Tour, vai ganhando clássicas importantes - a vitória este ano no Milão-San Remo foi extraordinária. Não esquecer o grande trabalho da sua equipa. a Team Columbia, que montou sempre um grande comboio de forma a proporcionar ao inglês grande vitórias, como na últipa etapa. Mas isto trabalha-se, também. Cavendish só não ganhou a camisola verde porque os comissários de prova assim não o quiseram já que o desqualificaram, a meu ver erradamente, por sprint ilegal. Assim, a camisola verde foi para Hushovd, um sprinter mais experiente - o inglês tem apenas 24 anos - e mais forte em etapas de montanha onde conseguiu acumular mais pontos. Para Hushovd foi um bom prémio depois da desilusão no Paris-Roubaix onde caiu nos últimos quilómetros quando liderava, junto a Tom Bonnen, a corrida.

A concorrência de Contador: Englobo nesta "entidade" os seguintes nomes, Andy Schleck, Bradley Wiggins e Vicenzo Nibali. O primeiro foi a confirmação de todo o potencial que tem. Os outros foram enormes surpresas. São, estes três, os únicos no panorama actual do ciclismo que podem tirar algum protagonismo no futuro a Alberto Contador.

A organização do Tour: era impensável, no final da segunda semana, os dez primeiros estarem apenas separados por pouco menos de dois minutos. E se isso aconteceu, o culpado foi quem "desenhou" o Tour 2009. Poucas etapas a terminarem no alto de forma a fazer grandes diferenças, etapas de montanha muito concentradas na terceira semana, uma segunda semana sem emoção nenhuma. A rever tudo isto.

Cadel Evans: prometia muito o australiano. Principalmente depois de um grande Dauphiné Liberé. Não teve equipa nem pernas. Para o ano, face à concorrência, dificilmente conseguirá alguma coisa.

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