junho 10, 2009

Lata

Eu sei que começo a parecer um pouco paranóico com Paulo Rangel. Mas acho que continuo a ter razões para isso. Reparem lá nestas declarações do ainda líder parlamentar, ontem, a propósito do veto presidencial sobre a lei dos financiamentos partidários.
"«O PSD nunca pretendeu que estas alterações que motivaram o veto do senhor Presidente da República fossem avante», declarou Paulo Rangel aos jornalistas, no Parlamento.
Segundo Paulo Rangel, o PSD «aceitou apenas isso em última instância, para garantir um consenso unânime, que achou que era uma coisa positiva, mas nunca foi a favor, pelo contrário, até foi contra isso».
O líder parlamentar social-democrata referiu que PSD discordava de «duas matérias» do projecto de lei do financiamento dos partidos aprovado por unanimidade no Parlamento, mas não quis esclarecer quais os artigos a que se referia.
De acordo com o líder parlamentar social-democrata, o Presidente da República pôs em causa no seu veto «aspectos que, essencialmente, houve um partido que fez questão de os colocar, que foi o PCP» e que o PSD aceitou no pressuposto de que não permitiam «uma utilização perversa»".
É preciso ter lata para dizer isto.

2 comentários:

  1. Muita lata mesmo! Demonstra bem a demagogia que reina na política, principalmente no PSD. A coerência do discurso e das decisões deste Sr. e do seu partido são admiráveis! Pena que as pessoas ou não tenham acesso a estas declarações (porque nem sempre recebem o enfoque devido e se prefere repetir 30 vezes outras coisas menos importantes) ou nem sequer sejam capazes de tirar as devidas ilácções delas...

    ResponderEliminar
  2. Ó amigo, mas pelos vistos esta atitude é premiada pelos media que consideram que Paulo Rangel é o novo Messias do PSD, e que ele fez uma campanha gigante contra tudo e contra todos... porque enquanto continuarmos a ter uma imprensa que premeia o coitadinho aldrabão, e que acredita que se uma mentira contada 10 vezes torna-se verdade, nunca há de haver seriedade na política, e não a culpa não é do políticos, mas sim de quem continua a deixar que estes brinquem com as palavras diariamente sem serem penalizados (num país em que o Dias Loureiro ainda não tá no choldra tudo é possível, eu sei).

    ResponderEliminar

Construções