Medina Carreira apareceu mais uma vez na televisão a dialogar com Mário Crespo. Deve ter sido a vigésima entrevista, só neste ano, naquele canal televisivo, fora outras aparições. E mais uma vez disse mais do mesmo. Sempre com aquele discurso sombrio, pessimista, até insultuoso para várias pessoas e classes. Medina é aquele homem que diz "temos uma justiça na miséria", "uma educação que é uma vergonha", etc, etc, mas na prática não propõe nada para resolver. É, tal como Ferreira Leite, um tecnocrata que tem uma visão economicista das coisas. Mas, no fundo, é um taxista bem falante. Ele bem que pediu a Mário Crespo alguém para debater com ele - até Sócrates ele desafiou. Mas, por algum motivo, aparece sempre a falar sozinho.
Esta criatura foi uma daquelas 20 e tal que assinaram um manifesto qualquer contra as grandes obras públicas. Uma daquelas criaturas que não nos soube prevenir da crise. Aliás, muitas delas que autoridade têm para dar conselhos a quem quer que seja? Quase todas tiveram altas responsabilidades na condução da política económica e financeira em Portugal. Pensam que são deuses mas são apenas parte da péssima elite portuguesa. Todos se conhecem, todos se governam, os outros que se lixem.
Também vi a entrevista e tecnocrata é mesmo a palavra correcta para o definir! Um homem a quem só passa pela cabeça a palavra ECONOMIA! Nem em tempo de crise, quando as medidas sociais são mais necessárias, consegue por a ideia de crescimento económico um pouco de parte. Por ele subia-se já o IVA para 30% para se fortalecer um bocado a economia portuguesa. Fala de barriga cheia...
ResponderEliminarA propósito do manifesto, saiu hoje um contra-manifesto, desta feita redigido por (cerca de 50) economistas, sociólogos e engenheiros (Pedro Adão e Silva, Francisco Louçã, Boaventura de Sousa Santos, entre muitos outros).
Sim, Fred. Esse contra manifesto é uma boa resposta ao outro assinado apenas por personalidades reumáticas e decadentes. E mostra também outra coisa: enquanto o PSD só sabe atacar o TGV, do lado dos partidos à esquerda do PS há uma posição mais construtiva alertando para outros problemas do país.
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