Por muito que Manuel António Pina tenha razão - tem e muita - há uma coisa que eu não posso deixar de dizer.
Aqui há uns meses, a propósito de um trabalho sobre a Revolução Laranja da Ucrânia, tive que ler vários jornais da época, procurando notícias sobre o tema. Ao desfolhar esses mesmos jornais estava também atento às outras notícias, uma espécie de reviver coisas que já não recordava. Estávamos em Novembro de 2004 quando os primeiros protesto surgiram na Ucrânia. Por essa altura, Santana ainda governava. Mas, por essa altura, já Sócrates percorria o país com propostas. E já nessa altura ele falava de Novas Oportunidades, inglês no 1ºciclo, avaliação de professores, encerramento de centros de sáude integrados numa reforma ampla da Saúde ou reforma da Segurança Social. Portanto, ainda não estávamos em campanha eleitoral. Também sei que não se ia subir imposto e que se ia referendar tratados, não pensem que me esqueço dessas coisas.
O que quero com isto dizer é muito simples. Fazendo uma comparação com a principal oposição ao actual governo, a falta de ideias, de projecto e de visão é bastante contrastante com o que descrevi anteriormente. O PSD continua a insistir apenas em detectar erros de governação, a dizer que não faz promessas que não pode cumprir. Mas o país não sabe o que vai sair dali. E duvido que o saiba até 27 de Setembro pois Ferreira Leite é líder do PSD há mais de um ano e o discurso ainda não se alterou.
Sócrates, e isto é um pouco o baçanço de uma governação, pode ter muitos defeitos. Mas a maioria do que fez, bem ou mal não interessa agora, fê-lo por convicção. Aqueles eleitores que não sabem em quem votar mas que só votam PS e PSD - não é o meu caso nesta última situação - deviam pensar bem nisto.
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